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Rede de Mark Zuckerberg fez experiências com 689 mil usuários | Robert Galbraith/Reuters
Rede de Mark Zuckerberg fez experiências com 689 mil usuários| Foto: Robert Galbraith/Reuters

A maior rede social do mundo, Facebook, entrou em mais uma polêmica ao reconhecer que em 2012 utilizou os perfis de mais de meio milhão de usuários para realizar um experimento científico sobre a influência nas postagens no humor das pessoas. Um grupo de pesquisadores modificou durante uma semana, em janeiro de 2012, o tipo de conteúdo mostrado no feed de notícias de 689 mil pessoas.

Através de um algoritmo, os cientistas priorizaram para alguns usuários os conteúdos com palavras com conotações positivas, enquanto para outros fizeram o mesmo com as mensagens de teor negativo. "A razão pela qual fizemos esta pesquisa é porque o impacto emocional do Facebook nas pessoas que utilizam nosso produto é importante para nós", publicou no Facebook no domingo Adam Kramer, um dos pesquisadores que conduziram o estudo.

Apesar de defender o propósito do estudo, Kramer admitiu que a companhia errou na divulgação do experimento por meio de um artigo na revista científica Proceedings of the National Academy of Science, em 17 de junho, onde "não foram explicados claramente as razões da pesquisa".

A pesquisa do Facebook levantou várias críticas nas redes sociais, e algumas acusaram a companhia de utilizar seus usuários como cobaias. Inclusive se chegou a especular o prejuízo que a modificação dos conteúdos pode ter tido em pessoas com tendências depressivas.

A política de privacidade de Facebook, no entanto, inclui a possibilidade de usar os dados dos usuários para este tipo de manipulação, e sua aceitação é obrigatória para todos os usuários que criaram sua conta.

Efeito

Os resultados do estudo mostraram que o tipo de comentário exerce um efeito contagioso sobre os usuários, já que as mensagens positivas mostraram um aumento correspondente de mensagens positivas e as mensagens negativas estimularam as publicações com o mesmo viés. De acordo com os pesquisadores, isto demonstra que as redes sociais atuam como "elementos de contágio" de emoções " em massa".

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