A corrente de confiança que une personagens do palco financeiro também virou um bom negócio. Como nem sempre quem investe e quem usa o dinheiro colocado no sistema se conhecem, empresas como Standard & Poors e Moodys se especializaram em avaliar o risco de títulos de dívida. Na crise atual, as agências que fazem esse trabalho tiveram uma participação especial: falharam ao dar nota aos papéis ligados às hipotecas imobiliárias.
"Títulos lastreados a empréstimos de qualidade duvidosa receberam notas de crédito altas, que estimulavam o investimento no setor", afirma o professor de finanças Ivando Faria, da UFF. Fundos de investimento e seguradoras que entraram no negócio usaram o respaldo das agências de avaliação de risco para fazer suas carteiras terem o maior retorno possível. Essa primeira falha atrasou a percepção de que a inflação nos preços dos imóveis era sustentada por compradores sem dinheiro para pagar as prestações.
A avaliação de risco é feita com notas que separam os papéis mais confiáveis daqueles em que há maior risco. Isso vale para empresas, governos e compradores de imóveis. A graduação, de menor para maior risco, é dividida em duas partes principais. As melhores marcas são chamadas de "investment grade", o que significa que fundos conservadores podem comprar os papéis. Abaixo dessa linha, estão títulos arriscados, geralmente procurados por investidores que procuram retorno maior. (GO)
-
Trabalhadores reclamam de dificuldades para evitar pagamento de taxa a sindicatos
-
Governo Lula tem pior nível de aprovação desde o início do mandato, aponta pesquisa
-
Lira e entidades comemoram taxação das compras estrangeiras até US$ 50 e governo silencia
-
Veto ao crime de fake news eleitoral: veja como cada parlamentar votou
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast
Petrobras terá nova presidente; o que suas ideias indicam para o futuro da estatal
Agro gaúcho escapou de efeito ainda mais catastrófico; entenda por quê
Deixe sua opinião