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Panizzi: clientes fiéis garantem 30% do faturamento de seu mercado. | Priscila Forone/Gazeta do Povo
Panizzi: clientes fiéis garantem 30% do faturamento de seu mercado.| Foto: Priscila Forone/Gazeta do Povo

A corrente de confiança que une personagens do palco financeiro também virou um bom negócio. Como nem sempre quem investe e quem usa o dinheiro colocado no sistema se conhecem, empresas como Standard & Poors e Moody’s se especializaram em avaliar o risco de títulos de dívida. Na crise atual, as agências que fazem esse trabalho tiveram uma participação especial: falharam ao dar nota aos papéis ligados às hipotecas imobiliárias.

"Títulos lastreados a empréstimos de qualidade duvidosa receberam notas de crédito altas, que estimulavam o investimento no setor", afirma o professor de finanças Ivando Faria, da UFF. Fundos de investimento e seguradoras que entraram no negócio usaram o respaldo das agências de avaliação de risco para fazer suas carteiras terem o maior retorno possível. Essa primeira falha atrasou a percepção de que a inflação nos preços dos imóveis era sustentada por compradores sem dinheiro para pagar as prestações.

A avaliação de risco é feita com notas que separam os papéis mais confiáveis daqueles em que há maior risco. Isso vale para empresas, governos e compradores de imóveis. A graduação, de menor para maior risco, é dividida em duas partes principais. As melhores marcas são chamadas de "investment grade", o que significa que fundos conservadores podem comprar os papéis. Abaixo dessa linha, estão títulos arriscados, geralmente procurados por investidores que procuram retorno maior. (GO)

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