Embora tenha recuado 8,1% na passagem de agosto para setembro, o faturamento da indústria paranaense cresceu nos indicadores de longo prazo. Na comparação com setembro de 2012, as receitas aumentaram 6,3% e, no acumulado dos nove primeiros meses do ano, as fábricas registram discreto crescimento de 0,6%.
Os números foram divulgados nesta terça-feira (12) pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), que projeta um leve alta entre 1% e 1,5% no faturamento do setor neste ano.
Os dados da entidade são diferentes dos levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que usa metodologia distinta e procura medir a produção física e não as receitas da indústria. Na semana passada, o IBGE revelou que, no acumulado de janeiro a setembro, a produção paranaense avançou cerca de 4%.
Avanços
Um dos indicativos de melhora do setor, que em boa parte do ano exibiu desempenho inferior ao de 2012, está no aumento do uso da capacidade instalada das fábricas. Em setembro, ele cresceu 1 ponto porcentual e chegou a 80% o índice mais alto em quatro meses, segundo a Fiep. A taxa também ficou 3 pontos porcentuais acima da apurada um ano antes.
"Isso indica que a atividade industrial pode estar programada para uma performance discretamente acima da verificada no ano passado", disse em nota o coordenador do Departamento Econômico da Fiep, Maurílio Schmitt.
Conforme o relatório da federação, as vendas para outros estados foram as principais responsáveis pelo avanço do faturamento da indústria paranaense, com alta de 3,3% em relação aos nove primeiros meses de 2012. Os negócios com empresas do Paraná cresceram 0,9% no ano, enquanto as exportações recuaram 6,1%.
Segmentos
Segundo a Fiep, 11 de 18 ramos industriais monitorados estão faturando mais neste ano. Os maiores crescimentos, acima de 20%, foram dos segmentos de vestuário (40%); couros e calçados (25,2%); e metalurgia básica (22%).
O forte aumento da área do vestuário se deve à ampliação das linhas de algumas empresas do setor. "Houve expansão na produção de calças jeans e camisas. Além disso, uma empresa aumentou seu portfólio e passou a produzir roupas para bebês", explicou Schmitt.
Na ponta de baixo da tabela, os setores com pior desempenho no ano são os de material eletrônico e de comunicações, com retração de 11,6% nas receitas; veículos automotores (-10,8%); e borracha e plásticos (-6,5%).
Emprego
Outro indicador que melhorou nos últimos meses é o de emprego embora continue negativo. Conforme a sondagem da Fiep, o nível total de emprego na indústria em setembro era 0,2% inferior ao do mesmo mês de 2012. Considerando-se apenas os trabalhadores das linhas de produção, o recuo no emprego foi de 1,2%.
-
Tragédia humanitária e econômica: chuvas derrubam atividade no RS e vão frear o PIB nacional
-
Em pré-campanha, Nunes encontra papa, entrega imagem de Nossa Senhora e pede oração pelo RS
-
Governo tentou manter “saidinhas” de presos em troca de não criar novo crime de “fake news”
-
Sob governo Milei, Argentina obtém em abril superávit financeiro pelo quarto mês consecutivo
Com gestão acolhedora das equipes, JBA se consolida entre maiores imobiliárias da capital
Tragédia humanitária e econômica: chuvas derrubam atividade no RS e vão frear o PIB nacional
Governo eleva projeção para o PIB, mas não põe na conta os estragos no Rio Grande do Sul
Movimentação de cargas cai pela metade e derruba arrecadação do Rio Grande do Sul
Deixe sua opinião