Faturamento do franchising cresceu 11% no país em 2006

• 0

Embora tenha apresentado um aumento de apenas 1,8% no número de lojas, o faturamento do franchising brasileiro cresceu 11,2% no ano passado, na comparação com 2005. A taxa de expansão do setor é verificada nos últimos cinco anos, sempre acima de 10% ao ano. "Isso mostra que o crescimento do sistema de franchising não é um crescimento de bolha, em que todo mundo abre loja hoje para fechar amanhã. É crescimento consolidado mesmo", comemora o diretor de cursos e eventos da Associação Brasileira de Franchising (ABF), João Batista.

O sistema de franquias difere bastante do sistema de licenciamento de marca, aquele proposto pela rede Minimax. "No franchising, além da cessão do uso da marca, existe a cessão de um sistema de gestão e operação de um negócio por um período determinado", conta Batista. Além disso, o setor é regido por uma legislação própria, que tem por objetivo estabelecer transparência na relação entre franqueadores e franqueados.

O crescimento do setor, segundo o diretor da ABF, é explicado principalmente pela seriedade com que as redes têm pautado seu trabalho junto aos franqueados. "Não existe mais espaço para amadorismo. Se a pessoa está se propondo a transferir um processo de produção e venda, é porque ela está preparada", afirma Batista. O fortalecimento da rede ocorre de duas maneiras: numa ponta, o franqueador oferece uma boa marca e as melhores ferramentas para que o empresário tenha menos riscos de falhar no negócio. "E na outra ponta você tem o comprometimento de um franqueado, que é um empresário e quer fazer aquilo dar certo."

Batista afirma ainda que a ABF tem se esforçado bastante para dar às redes e seus franqueados o treinamento necessário para que os negócios dêem certo. Entre os dias 27 e 30 deste mês, a entidade promove a ABF Franchising Expo 2007, em São Paulo. A feira será a 16.ª realizada pela associação, e deve reunir cerca de 200 empresas com interesse em parceiros para suas franquias. A expectativa para essa edição é gerar negócios na ordem de R$ 24 milhões, cerca de 10% a mais que em 2006. (FL)