Aperfeiçoamento
Fotos com mais resolução
O Facebook anunciou na semana passada mudanças no seu sistema de compartilhamento de fotos. A principal novidade é a possibilidade de publicar na rede social imagens de resolução bem mais alta do que antes.
Até a semana passada, os usuários do Facebook poderiam publicar em seus álbuns fotos com resolução horizontal máxima de 720 pixels. O limite agora é de 2048 pixels, o que permite armazenar imagens até oito vezes maiores.
As mudanças atingem também o mecanismo de upload, que, segundo a empresa, está mais rápido e fácil de usar. Além disso, a visualização também mudou, de modo a exigir menos cliques do usuário para executar a mesma função.
As mudanças refletem um nível maior de exigência por parte do usuário, e também a evolução do próprio site, que está se tornando mais complexo à medida que cresce. "Quando começamos com o aplicativo Fotos só tínhamos duas pessoas trabalhando nisso", escreveu no blog da empresa Sam Odio, gerente de produto do Facebook Photos, num tom de quase desculpas. "Nós não construímos uma grande quantidade de recursos, mas tínhamos a certeza que as fotos eram fáceis de serem compartilhadas e que devíamos torná-las uma grande experiência social."
Mais social
Junte a conta com a do Orkut
O Facebook multiplicou o número de usuários no Brasil por 6 nos últimos 12 meses, mas ainda é a segunda maior rede no país. O Orkut, que teve 36 milhões de visitas somente no mês de agosto, ainda é o rei. Mas novidades estão surgindo a última delas veio na sexta-feira passada.
O Facebook lançou um aplicativo que permite aos usuários brasileiros compartilhar informação postada no Facebook com os amigos do Orkut. O aplicativo também facilita aos usuários encontrar os amigos do Orkut no Facebook.
Na prática, o programinha sincroniza as duas redes. Algo semelhante já acontece com o Twitter: se o usuário quiser, todo tweet que vai ao ar é publicado simultaneamente no Facebook. Quando o usuário vincula o perfil do Facebook ao Orkut, ele consegue compartilhar atualizações de status, vídeos e fotos postadas no Facebook no perfil do Orkut. As configurações de privacidade se mantêm, e os usuários que optarem por usar o aplicativo podem escolher, a qualquer momento, o que será compartilhado ou não no Orkut.
Crescimento rápido e complexidade técnica leva site a impasse
O vazamento de dados de usuários do Facebook extrapola as discussões sobre a privacidade on-line e a gravidade da ocorrência em si. O caso ressalta um desafio que a rede social precisa encarar.
Ao abrir uma conta no Facebook, o internauta faz uma barganha. Ele repassa informações ao site, que, em troca, promete seguir as orientações sobre quem poderá ter acesso ao conteúdo postado em suas páginas. Ao mesmo tempo, o usuário admite que o portal use dados pessoais para selecionar os anúncios publicitários que lhe serão dirigidos.
Trata-se de um acordo complicado, que muitas pessoas aceitam sem saber exatamente o que acontece com suas informações. O negócio também envolve uma dose de confiança e é por isso que suspeitas de um possível não cumprimento do contrato por parte do Facebook são a garantia de muita controvérsia.
O mais recente abalo nessa relação de confiança ocorreu na semana passada, quando o Facebook reconheceu que alguns dos aplicativos que abriga (inclusive o popular jogo FarmVille) haviam repassado indevidamente informações de usuários e, em alguns casos, dos contatos de usuários a anunciantes e empresas de rastreamento da web. A companhia disse que estuda maneiras de impedir novas ocorrências desse tipo e que a questão já estava sendo tratada com os desenvolvedores dos aplicativos.
As declarações do Facebook vieram em resposta a uma reportagem publicada pelo The Wall Street Jornal. O jornal norte-americano mostrou que diversos aplicativos entregavam a terceiros uma parcela de dados, conhecida como "ID do usuário" o que configura uma violação à política de privacidade do Facebook. Por meio do ID é possível acessar o nome do usuário e as informações que ele publica em seu perfil como a faculdade onde estudou e seus filmes favoritos , mas não se pode ver aquilo que a pessoa optou por compartilhar apenas com amigos.
Defensores do direito à privacidade e especialistas em tecnologia têm opiniões diferentes a respeito da relevância do problema. "O que ocorreu é muito grave", acredita Peter Eckersley, tecnólogo sênior da Electronic Frontier Foundation, grupo que trabalha pela preservação das liberdades individuais no ambiente on-line. De acordo com o analista, um anunciante pode usar os IDs para ligar os indivíduos e as informações sobre eles que tenham sido recolhidas anonimamente na web. "Talvez isso ocorra inadvertidamente, mas o Facebook está vazando a chave mágica para o rastreamento on-line", diz. Eckersley afirma, no entanto, que não há evidência de abusos por parte de quem teve acesso a esses dados.
A Zynga, empresa desenvolvedora do FarmVille e de outros jogos do Facebook que juntos somam 219 milhões de usuários, não quis se manifestar sobre o assunto.
Vários analistas de tecnologia e blogueiros minimizaram o problema. Na opinião deles, empresas de cartão de crédito e editoras de revistas têm acesso a informações muito mais detalhadas sobre seus clientes do que qualquer aplicativo da rede social. O Facebook também tentou reduzir a importância do vazamento ao dizer que o envio de IDs foi acidental. Um engenheiro do Facebook, Mike Vernal, escreveu o seguinte no blog que a empresa mantém para desenvolvedores de aplicativos: "A imprensa exagera nas consequências desse repasse. O ID não permite o acesso a informações privadas sem o consentimento explícito do usuário".
Novos sistemas
Por meio de comunicado, o Facebook diz que planeja apresentar "novos sistemas técnicos que limitarão drasticamente o compartilhamento de IDs de usuários", mas reconhece que tal tarefa representará um desafio. A empresa também se compromete a continuar impondo suas políticas aos aplicativos e a excluí-los da rede, quando necessário. Por fim, declara que as companhias que receberam os IDs de usuários disseram não ter usado os códigos.
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