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O Federal Reserve (Fed, banco central americano) anunciou nesta quarta-feira (25) um corte de suas previsões de crescimento econômico nos Estados Unidos para 2012 e 2013, fixando uma meta de inflação de 2% para guiar suas políticas.

O PIB americano deveria registrar um avanço de 2,2% a 2,7% em 2012 e de 2,8% a 3,2% em 2013, segundo as previsões do Fed, que sofreram um corte sensível desde o prognóstico de novembro (2,5%-2,9% para 2012 e 3,0%-3,5% para 2013).

O Fed estabeleceu, ainda, uma meta de inflação de 2% ao ano para guiar suas políticas, o nível de aumento de preços ao qual poderia começar a ajustar a atual política monetária de taxas baixas, quase nulas.

"Comunicar esta meta de inflação ao público ajuda a manter as expectativas de inflação a longo prazo firmemente ancoradas", disse a Fed.

O banco central americano informou estar "firmemente comprometido" a cumprir seu mandato de "promover o pleno emprego, preços estáveis e taxas de juros moderadas a longo prazo".

O organismo reduziu sua projeção para os níveis de desemprego a 8,2%-8,5% para o final de 2012, contra 8,5% atuais.

Os prognósticos de inflação também se encontram abaixo do novo objetivo para os próximos dois anos.

Mais cedo, o Fed prometeu que manterá os atuais níveis de taxas, quase nulos, até o "final de 2014 pelo menos".

O crescimento econômico ocorre "moderadamente", apesar da desaceleração econômica mundial, apontou o Comitê de Política Monetária do Fed (FOMC) em um comunicado publicado após uma reunião de dois dias em Washington.

Embora o Fed tenha manifestado sua preocupação com as eventuais consequências das "tensões nos mercados financeiros mundiais" (em referência à situação na Europa), manteve a análise sobre a conjuntura econômica feita em dezembro, mesmo expressando preocupação com a queda dos níveis inflacionários.

Para assegurar a estabilidade dos preços e o pleno emprego, o Comitê informou que "pretende manter uma política econômica flexível".

O FOMC confirmou que manterá a taxa básica do Fed entre 0 e 0,25% e afirmou que agora espera manter taxas "excepcionalmente baixas (...), pelo menos até o final de 2014", e não apenas até meados de 2013, como havia anunciado em dezembro.

Além disso, confirmou a manutenção de outras medidas de exceção na política monetária, estabelecidas em setembro e destinadas a cortar ainda mais as taxas de juros de longo prazo.

O comunicado indicou que um dos membros do FOMC, Jeffrey Lacker, representante do Fed de Richmond (estado da Virgínia, leste), votou contra a decisão, já que considerou que o Fed não deve indicar a duração do período durante o qual pretende manter as taxas no mínimo.

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