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Duas feiras, uma na capital e outra no interior, abrem nova temporada de liquidações no Paraná. Começa hoje e vai até domingo, em Maringá, a 15.ª edição da Feira Ponta de Estoque, no Parque de Exposições Francisco Feio Ribeiro, com a participação de 172 lojistas. A 2.ª Curitiba Liquida, que reúne 175 lojas no Marumby Expocenter, começou sexta-feira e também termina no fim de semana. Em ambas, pode-se encontrar confecções – principalmente saldos de inverno – , calçados, bijuterias, perfumes, móveis e eletrodomésticos.

Mas, enquanto a organização da feira maringaense aposta que os descontos de até 70% vão atrair um público superior aos 250 mil visitantes de 2004, o clima em Curitiba, cinco dias após o início do evento, é de pessimismo. Mesmo aproveitando o fim de semana do Dia dos Pais e oferecendo descontos de 10% a 50%, os lojistas ouvidos pela Gazeta do Povo classificam o movimento como "fraco", bem abaixo das expectativas. A projeção inicial da Associação Comercial do Paraná (ACP) era de um público de 100 mil pessoas.

No estande da Bons Sonhos, fábrica de pijamas de Santa Catarina, nem os preços até 50% mais baixos atraem muitos compradores. "Estamos liquidando artigos de inverno, e o calor atrapalha. Além disso, a época do mês não ajuda, o pessoal está sem dinheiro", lamenta a vendedora Alice Ribeiro. O grande número de feiras realizadas recentemente na capital é outro fator que pode ter reduzido o interesse do consumidor, segundo os comerciantes.

A ACP informa que a data da realização da feira foi escolhida pelos próprios empresários. A intenção era marcá-la para um período não-convencional, já que períodos de grandes vendas, como o Natal, não precisam de promoção. "É prematuro dizer que a feira não cumpriu seu papel. Acreditamos que a partir de quarta-feira o movimento aumente", diz o gerente comercial e de marketing da ACP, Esdras Leon. Segundo ele, a duração maior da feira, de dez dias, foi uma experiência – a tendência é de que as próximas edições voltem a ter cinco dias, como a liquidação realizada em março. Essa opção reduziria os custos sem ter grande impacto sobre o número de visitantes.

Enquanto os curitibanos não sabem se vão faturar ao menos o que foi gasto com os estandes, em Maringá os lojistas garantem que podem cobrir os custos com facilidade. "O movimento é ótimo e faturamos na feira o mesmo que em dois meses de venda na loja", revela o proprietário da Maré Alta, Marco Antônio dos Santos, que contratou 15 funcionários para o evento. No ano passado, a receita foi de R$ 13 mil, valor que ele espera superar este ano. A Feira Ponta de Estoque funciona das 10 às 22 horas, com entrada gratuita. A Curitiba Liquida, por sua vez, vai das 14 às 22 horas. A entrada custa R$ 3 ou um quilo de alimento não-perecível.

Shoppings

O Shopping Curitiba abre, na quinta-feira, o "3,5 dias de loucura", com descontos que podem ultrapassar 50%. O Crystal mantém sua campanha de inverno até o fim do mês, com preços até 70% mais baixos. Algumas lojas dos shoppings Mueller e Estação prolongam promoções iniciadas mês passado e oferecem descontos superiores a 30%.

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