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O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider, afirmou nesta segunda-feira (06) que as férias concedidas pela Fiat e GM não têm relação com uma redução importante da demanda no mercado interno. Segundo o executivo, a montadora italiana cedeu férias para 10% de seus funcionários, o equivalente a 2 mil pessoas, para atender a legislação trabalhista. No caso da GM, as férias estão relacionadas ao comportamento do mercado externo.

Segundo ele, há uma expectativa de redução de vendas em países como a África do Sul, México e Argentina. "Essas férias não têm relação com o mercado interno, que continuou forte em setembro."

Schneider disse que a Fiat usualmente dá férias para seus funcionários em julho, mas que, com o aquecimento do mercado, elas foram adiadas. Segundo ele, a empresa paralisou apenas uma linha específica de produção com as férias programadas para este mês.

Conforme o presidente da Anfavea, a expansão do setor em setembro continua refletindo efeitos como a queda do desemprego no País. "Foram criados neste ano milhões de postos de trabalho formais, que representam novos consumidores para esse mercado."

O crédito disponível é outro pilar do crescimento da indústria automotiva no Brasil. Segundo a Anfavea, o crédito em agosto de 2008 somava R$ 134,9 bilhões, o que representa um aumento de 40,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. A taxa de juros praticada para esse mercado foi 23,6% em agosto, com aumento de 4 pontos porcentuais sobre o mesmo mês do ano passado. A taxa de inadimplência do setor, por sua vez, ficou em 3,7% em agosto.

O executivo destaca que 65% das vendas em média no Brasil são financiadas com prazo médio de 42 meses. Schneider ressaltou que o sistema deve ter cuidado para não praticar "aumentos oportunistas" da taxa de juros no varejo por causa do cenário internacional. "O setor precisa esperar para ver se aumentos são necessários. Esse é um ponto para reflexão."

Em relação à queda de 4,3% na produção em setembro sobre agosto, Schneider explica que a redução está relacionada às greves ocorridas no mês. Ele lembra que algumas montadoras chegaram a parar durante quatro dias, em decorrência das greves durante negociações salariais.

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