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O mercado de automóveis no Brasil vai se manter aquecido mesmo com a volta da cobrança do IPI a partir desta quinta-feira, segundo o presidente da Fiat para América Latina , Cledorvino Belini.

A isenção do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos de passeio foi um dos instrumentos usados pelo governo brasileiro para enfrentar os efeitos da crise mundial sobre a economia local.

Segundo Belini, os bons fundamentos da economia interna e os indicadores macroeconômicos positivos vão compensar em parte o fim da isenção de IPI.

"Sem dúvida o fim do IPI (reduzido) pode ter um reflexo na venda de veículos, mas esperamos uma compensação com redução de juros e com o nível de desemprego mais baixo", disse ele a jornalistas durante apresentação do Fiat Cinquecento (Fiat 500), que será importado da Polônia.

"Volumes de vendas recordes como o de setembro dificilmente serão novamente atingidos. O ano que vem esperamos vendas similares às deste ano", acrescentou Belini.

Pelas contas do executivo, a redução do IPI --que no caso dos veículos 1.0 caiu a zero de dezembro passado até setembro-- provocou um incremento de vendas de 300 mil veículos no mercado automotivo brasileiro.

A Fiat é líder do mercado doméstico e atualmente possui cerca de 25 por cento de market share.

A montadora mantém o plano de investimentos até 2010 no país, com previsão de aportar 5 bilhões de reais.

A Fiat deve inaugurar no início do ano que vem uma fábrica de caminhões e um centro de distribuição de peças no país.

A meta do grupo italiano de atingir uma capacidade produtiva de 1 milhão de veículos no Brasil e na Argentina praticamente já foi alcançada, segundo Belini.

"Não mudamos nada e no ano que vem vamos analisar a conjuntura para definir o plano para a partir de 2011. Fazemos investimento olhando para o longo prazo", disse.

Na avaliação do executivo, o Brasil precisa aumentar a escala produtiva para ampliar sua competitividade mundial.

As montadoras instaladas no país têm capacidade de produzir cerca de 3,5 milhões de automóveis. Belini sugere uma ampliação para 5 milhões de unidades.

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