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 | Foto: Bigstock/
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Depois de organizar as contas, é preciso cuidar do dinheiro que sobra no fim do mês. A primeira regra é nunca deixar dinheiro parado na conta ou embaixo do colchão. Investindo esses recursos, você se protege da inflação e, em alguns casos, terá uma renda extra trazida pelos juros. Ao longo do tempo, a poupança vai possibilitar realizar sonhos que antes não caberiam no orçamento.

Para escolher o melhor investimento, avalie seu perfil. Em seguida, veja se você fica confortável com investimentos mais complexos, ou se prefere formas mais simples de aplicar. E sempre faça a conta do que rende mais. Os especialistas recomendam que essa escolha passe por três filtros: o perfil do investidor, seus objetivos e prazos.

Seguindo esses critérios, a Gazeta do Povo listou os principais tipos de investimento e explica cada um deles.

Caderneta de poupança

Aplicação mais tradicional do país, a poupança tem três vantagens: rentabilidade garantida (0,5% ao mês, mais TR), não paga Imposto de Renda ou outras taxas, e é fácil de gerir. O problema é que sua rentabilidade não acompanha a inflação em momentos de alta, como ocorreu nos últimos dois anos. O investimento vale para quem não tem acesso a fundos com taxas de administração baixa, em momentos de preços controlados. Tem garantia do FGC até R$ 250 mil.

Fundos de investimentos

Os fundos são formados pelos bancos para reunir vários investidores e, com seus recursos, aplicar em ativos. A maior parte dos fundos investe em títulos públicos ou privados de renda fixa. Há também fundos de renda variável que aplicam em ações e moedas estrangeiras. A vantagem dos fundos é que permitem sacar os recursos com facilidade e não exigem uma gestão ativa por parte do investidor. A desvantagem é que têm taxas de administração que podem reduzir a rentabilidade. Tem garantia do FGC até R$ 250 mil.

Certificado de Depósito Bancário - CDB

Quem investe em CDB, empresta dinheiro ao banco. O rendimento é combinado com antecedência e é proporcional ao período em que o dinheiro permanece com o banco, ou seja, quanto maior for o prazo, maior é a rentabilidade. Geralmente o rendimento é proporcional à taxa básica de juros (Selic) e você pode comprar as ofertas de bancos diferentes antes de aplicar – instituições menores têm taxas melhores. O investidor não precisa esperar o prazo combinado para retirar o valor, porém, nesse caso, não recebe o rendimento combinado. Tem garantia do FGC até R$ 250 mil.

Tesouro Direto

Quem investe no Tesouro Direto, empresta dinheiro ao governo, comprando títulos públicos. Eles se dividem entre os que a rentabilidade já é conhecida com antecedência (pré-fixados) e os que a rentabilidade depende de alguns fatores, portanto só será conhecida no final da aplicação. O rendimento dos pré-fixados só é garantido se você ficar com o título até o vencimento – durante a aplicação, seu valor pode ser maior ou menor, dependendo das condições de mercado. Não tem garantia do FGC, mas é muito seguro por ser composto por títulos do governo.

LCAs e LCIs

Quem investe em Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) e Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) empresta dinheiro às carteiras de crédito direcionado dos bancos. Nessas modalidades, há três formas de rendimentos: a fixa, que não muda até o final da aplicação, a pós-fixada, que o investidor só conhece no final, e a atrelada à inflação, que pode variar bastante. Exigem um valor mínimo para começar a investir. São garantidas pelo FGC até R$ 250 mil.

Ações

Comprar ações significa se tornar sócio de uma empresa. O risco é elevado porque o rendimento depende da saúde e do desempenho da companhia. Há dois tipos de ações, as preferenciais (PN), com as quais o investidor tem preferência para receber dividendos, e as ordinárias (ON), que dão direito de voto sobre as tomadas de decisões, mas que têm menor peso na hora da distribuição dos lucros. As ações são recomendadas para perfis moderados e arrojados de investidores.

Debêntures

Muitas empresas emitem debêntures para captar recursos para financiar seus projetos, gerenciar melhor suas dívidas e até mesmo para investir em novas instalações. Quem investe em debêntures, recebe de volta juros, além do valor investido, na data combinada.

Colaboraram: Adriana Scicca, professora do departamento de Economia da UFPR; Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros e Roberto Indech, analista na Rico Corretora de Investimentos.

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