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A manutenção das altas taxas de juros fizeram com que os títulos públicos fossem os investimentos mais rentáveis do Brasil em 15 anos. O levantamento é do Instituto Assaf e compreende os períodos de janeiro de 2001 a dezembro de 2014. A base de dados usada foi a do Banco Central. Já em 2015, o dólar foi a aplicação que mais cresceu.

Em uma década e meia, os papeis de renda fixa tiveram um ganho de 988,58%. Descontada a inflação do período (166,89%), o rendimento foi de 307,87%. No ranking, os papeis foram seguidos pelo ouro, que teve 566,12% de ganho nominal e 149,59% real; pelos fundos de renda fixa, com 507,58% e 127,65%; e pelo CDB, com 459,96% e 109,81%, respectivamente.

INFOGRÁFICO: Acompanhe a variação dos investimentos em 15 anos

Para o pesquisador do Instituto Assaf e professor de Economia da USP Fabiano Guasti Lima, a análise considerou todos os papeis do Tesouro disponíveis.

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Destes, os que apresentaram a maior estabilidade no longo prazo foram os títulos ligados à inflação, as antigas NTN-Bs. A explicação, segundo Lima, é o fato de esses papeis terem o período de vencimento mais prolongado.

O economista afirma também que as altas taxas de juros no período beneficiaram as aplicações de renda fixa, como os fundos DI e os CDBs, que estão vinculados à Selic.

Já a performance positiva do ouro se justifica pelos fortes efeitos da crise financeira mundial de 2008. A alta da procura do metal é comum em momentos de instabilidade econômica e representa um porto seguro para os investidores.

Dólar em alta

Em 2015, o dólar foi o campeão entre as aplicações. No ano passado, o ganho da moeda foi de 47,01%. Descontada a inflação, ele ficou em 32,83%. Mais uma vez, o ouro repetiu os bons resultados, ao fechar em segundo lugar com ganhos de 33,63% e de 20,47% sem a inflação. Em terceiro ficaram os títulos públicos, com 18,78% e 7,33%, respectivamente.

A alta dos fundos cambiais acompanhou a valorização da divisa estrangeira no último ano e, assim como o ouro, representa um investimento seguro em momentos de crise, avalia Lima.

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