Fisioterapeutas fazem uma manifestação na Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba, na manhã desta sexta-feira (1º.), para reivindicar o reajuste do valor pago pelos atendimentos por parte dos planos de saúde. A Associação Paranaense de Empresas Prestadoras de Serviços de Fisioterapia (Apfisio) informou que os profissionais não devem atender pacientes dos planos de saúde nesta sexta. As consultas ocorrem normalmente nos casos de particulares e daqueles pacientes dos convênios com a Copel, Sanepar e Ituaipu.
Cerca de 200 fisioterapeutas estavam na praça, por volta das 11h15, para informar a população sobre o ato desta sexta-feira. Um "apitaço" era feito na Santos Andrade para chamar atenção para a causa da categoria. O protesto tem o apoio do Sindicato dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais do Paraná.
O presidente do sindicato, Woldir Wosiacki Filho, afirmou que os profissionais recebem entre R$ 6 e R$ 6,50 por cada atendimento e nesse valor estão inclusos o pagamento dos profissionais, a utilização dos equipamentos, impostos, entre outros custos. "Não há como continuar atendendo aos pacientes dos planos de saúde por esse valor. Estamos pagando para trabalhar", afirmou Wosiacki Filho.
O valor da tabela não é reajustado há 19 anos, segundo a presidente da Apfisio, Marlene Vieira. A categoria tenta negociar com cada plano de saúde individualmente e cogita a possibilidade de suspender o atendimento nos casos em que não houver acordo. Marlene afirmou que se fosse feita apenas a reposição da inflação desse período, os profissionais da área teriam de receber R$ 25 por atendimento. "Temos compromisso com nossos pacientes. Se formos obrigados a atendê-los mal, a opção que fazemos é por não atendê-los", argumentou a presidente da Apfisio. Ela informou que não haverá greve e o que poderá ocorrer é o descredenciamento em massa dos fisioterapeutas.
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