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O Brasil recebeu US$ 2,6 bilhões a mais do que as retiradas de moeda americana em agosto. De acordo com o Banco Central, o chamado fluxo cambial teve o melhor desempenho desde abril. De lá para cá, o país tinha registrado mais saídas de recursos do que entradas. O resultado ainda pode mudar um pouco, já que os dados divulgados na tarde desta quarta-feira (2) pelo BC não levam em conta o último dia útil do mês.

A entrada de dólares ocorre mesmo num momento em que a crise econômica e política do país está mais forte. Os juros altos atraem aplicações financeiras. A estilingada da moeda americana também. No entanto, ao contrário do que deveria acontecer na teoria, a entrada de dólares não tem forçado a cotação para baixo.

Segundo o BC, o movimento de moeda americana no mercado financeiro também está no azul depois de três meses seguidos no vermelho. O fluxo é de R$ 1,2 bilhão. Em julho, por exemplo, a retirada superou a aplicação no país em US$ 8,4 bilhões.

Já o comércio exterior trouxe US$ 1,5 bilhão para o país em agosto. É o pior resultado desde fevereiro. Isso mostra que houve uma antecipação de internalização de recursos: os exportadores resolveram trazer logo os dólares que estavam lá fora para aproveitar a cotação em alta, na perspectiva de que o preço da moeda poderia baixar. Não é o que acontece neste momento.

No ano, fluxo cambial total está positivo em US$ 9,8 bilhões, apesar das saídas líquidas no mercado financeiro de US$ 5,9 bilhões. No mesmo período do ano passado, houve uma saída de US$ 2,2 bilhões.

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