Fluxo positivo impede alta mais acentuada do dólar

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O dólar fechou em ligeira alta nesta sexta-feira, com o fluxo positivo de capitais evitando uma valorização mais forte da moeda em meio ao mau humor nas bolsas de valores.

A moeda norte-americana encerrou com avanço de 0,14 por cento, vendida a 2,093 reais. Na semana, no entanto, o dólar acumulou baixa de 0,29 por cento.

A queda nos mercados acionários norte-americanos afetou o mercado doméstico, que viu a Bolsa de Valores de São Paulo operar em baixa de cerca de 1 por cento durante a tarde após um início volátil de pregão. Os investidores estrangeiros demonstravam preocupação com a inflação nos Estados Unidos após a divulgação dos preços ao consumidor.

``O mercado ficou esperando notícias dos Estados Unidos'', disse Tarcísio Rodrigues, diretor de câmbio do Banco Paulista.

Segundo ele, a alta do dólar não acompanhou a magnitude da queda na Bovespa devido ao contínuo ingresso de dólares no país, que manteve a pressão de queda sobre a cotação.

``Se nós não tivéssemos tanta entrada, apesar da volatilidade no mercado externo, o real poderia ter tido uma desvalorização (maior)'', explicou Rodrigues. Até o dia 9 de março, o Brasil acumulava saldo líquido positivo de 14 bilhões de dólares no fluxo cambial do ano.

O leilão de compra de dólares do Banco Central, realizado perto do fim dos negócios, não teve força para acelerar a alta da divisa, que manteve a cotação após a operação. Segundo operadores, a autoridade monetária aceitou apenas três propostas.

O dia foi marcado também por ajustes de posição no mercado futuro. ``Teve muita gente trocando de posição para não atravessar o fim de semana exposto'', disse Rodrigues.