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O Fundo Monetário Internacional (FMI) informou nesta quinta-feira que está pronto para fazer empréstimos a países atingidos pela crise global de crédito e que ativou um mecanismo de financiamento de emergência, usado pela primeira vez na crise asiática.

O Fundo já enviou uma missão para a Islândia, onde o governo assumiu o controle do maior banco do país, e alertou que a pior crise financeira desde a Grande Depressão pode provocar danos econômicos duráveis.

"Ontem, eu ativei os procedimentos de emergência do FMI para responder rapidamente", informou o diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn. "Estamos prontos para atender qualquer pedido de países que enfrentam problemas."

Depois de vários anos sem grandes crises nas economias emergentes, a medida coloca o conselho de países-membros do FMI e sua equipe em alerta para que responda rapidamente caso algum país precise de ajuda financeira.

A ação também coloca o bombeiro econômico global em maior evidência na atual crise financeira, depois de meses em segundo plano.

Strauss-Kahn, que falou antes do encontro de líderes financeiros internacionais em Washington no final de semana, disse que a principal tarefa das autoridades é restaurar a confiança e a calma nos mercados.

O procedimento de emergência do FMI foi criado em 1995 como uma maneira de acelerar a aprovação de empréstimos para países em risco.

A medida foi usada pela primeira vez em 1997 para ajudar Filipinas, Tailândia, Indonésia e Coréia do Sul a combater ataques especulativos às suas moedas durante a crise financeira asiática.

O FMI, que desempenhou um papel central na ajuda a países asiáticos e latino-americanos nos anos de 1990, contou com os empréstimos para financiar suas operações. Mas, com menos crises nos últimos anos, o Fundo passou a enfrentar um crescente déficit de receita, o que o levou a vender parte de seus estoques de ouro.

O FMI tem cerca de 200 bilhões de dólares imediatamente disponíveis para empréstimos, mas pode conseguir outras fontes. A quantia é pequena se comparada aos trilhões de dólares que os bancos centrais e governos despejaram no sistema financeiro nas últimas semanas.

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