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O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, contrariou claramente a opinião do governo brasileiro afirmando, minutos atrás, em entrevista coletiva, que apesar do Brasil ter uma situação econômica sólida não está imune à atual crise financeira. Nesta quarta-feira o FMI reduziu a previsão de crescimento econômico do mundo e do Brasil em 2009.

- Nenhum país está imune. Nenhum. Pode haver algum atraso ou diminuição da força das ondas (de contágio) que firam os países emergentes, mas haverá algumas conseqüências - preveniu Strauss-Kahn.

Strauss-Kahn destacou que "o Brasil tem fundamentos muito fortes, vem conduzindo uma política econômica correta nos últimos anos, tem muitas reservas acumuladas "e uma economia em boa forma". Mas acrescentou:

- Mesmo em boa forma, o efeito da desaceleração do crescimento global terá conseqüências no Brasil.

Ao considerar a previsão do próprio FMI de que o Brasil crescerá 3,5% no próximo ano (contra 5,2% em 2008), Strauss-Kahn disse que isso não é suficiente para um país do porte do Brasil:

- Para alguns países como o meu (França), por exemplo, 3,5% de crescimento seria um grande sucesso. A última vez que tivemos um índice desses foi há dez anos. Mas para o Brasil obviamente 3,5% não é tão bom. Estamos habituados à taxas de crescimento de 5 e 6%. Portanto, o Brasil tem uma situação sólida mas não imune à crise - disse o executivo do FMI.

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