O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para baixo a perspectiva de crescimento potencial do Brasil, que é quando o país cresce sem gerar inflação. A projeção caiu de 3% para 2,5% ao ano, de acordo com economistas do Fundo em uma entrevista à imprensa na tarde desta sexta-feira (17).
Reformas estruturais seriam um dos fatores que ajudariam o Brasil a elevar o crescimento potencial, disse o economista e vice-diretor do departamento de Hemisfério Ocidental do FMI, Krishna Srinivasan. Por enquanto, o país tem se focado em um ajuste fiscal e monetário, destacou. “Não vemos muito foco na reforma estrutural”, disse ele.
Questionado sobre o impacto da Petrobras na economia brasileira, Srinivasan afirmou que tem se ressaltado muito no país o lado negativo do escândalo de corrupção, mas também há um lado positivo. “O Judiciário tem sido independente e tem conduzido as investigações. As instituições no Brasil são muito fortes.”
Para o economista do FMI, a continuidade das investigações na Petrobras e a resolução dos problemas na empresa vão ajudar a reduzir a incerteza e elevar a confiança dos investidores no Brasil. “Não vamos nos focar só no lado negativo, mas também nos positivos.”
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