O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, afirmou, em Tóquio, que a estatal petrolífera tem como foco a paridade dos preços dos combustíveis no Brasil com os valores internacionais no médio prazo, o que é fundamental para viabilizar o programa de investimentos da companhia de 2012 a 2016. "Nós deixamos claro que a política de paridade internacional de preços é pressuposto do nosso plano", comentou.
"A política é a paridade no médio e longo prazos. Não é no dia de hoje. Pode acontecer. Nós tivemos em 2009 e 2010 preços domésticos maiores do que internacionais. No ano passado e do começo de 2012 até agora a condição se inverteu", disse. "Na média, estamos acompanhando o preço internacional", apontou.
Barbassa não quis comentar se num horizonte de seis meses haveria a necessidade premente de a Petrobras elevar os preços de seus produtos, mantidos os parâmetros atuais das cotações no mercado doméstico e externo. "Esse ajuste não é algo momentâneo. O que nós demandamos é que, no médio prazo, o preço de venda da Petrobras no mercado doméstico esteja em linha com o preço internacional", apontou. "Em seis meses tudo pode acontecer, inclusive uma variação de preço internacional e de câmbio."
Barbassa lembrou que a Petrobras tem como foco estratégico priorizar a produção de combustíveis no Brasil, o que deixaria em segundo plano ativos no exterior. E ele destacou que a empresa está aberta a propostas de compra da refinaria Nansey, com capacidade de operação de 100 mil barris por dia, adquirida há 4 anos no Japão. Ele, contudo, não quis dar detalhes se já há interessados em fechar o negócio com a estatal.
O executivo fez os comentários depois de participar de evento promovido pela Câmara do Comércio Brasileira no Japão.
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