Não param de piorar as projeções do mercado financeiro para a inflação. No Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira (19), peloBanco Central, a mediana das previsões para oÍndice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)de 2015 subiu de 6,60% para 6,67%, ainda mais longe do teto da meta perseguida pela autarquia, de 6,50%. Há um mês, a mediana estava em 6,54%.
Também no Top 5 de médio prazo, que é o grupo dos economistas que mais acertam as previsões, a mediana segue acima da banda superior, em 6,60%, como na semana anterior. Quatro semanas atrás, estava em 6,40%.
Na pesquisa geral, a mediana das projeções para oIPCAde 2016 foi mantida em 5,70% pela oitava semana consecutiva. Ainda para a inflação de 2016, a taxa foi mantida em 5,60% no grupo Top 5 de médio prazo - um mês antes estava em 5,25%.
O presidente do Banco Central,Alexandre Tombini, admitiu que o IPCA subiria nos primeiros meses deste ano, mas avaliou que entraria em um período de declínio mais para frente e encerraria 2016 no centro da meta de 4,5%.
Apesar desse prognóstico mais positivo para o médio prazo, as expectativas para a inflação suavizada 12 meses à frente ficaram estacionadas em 6,66% de uma semana para outra - há um mês, estavam em 6,62%.
Para o curto prazo, as projeções também continuam subindo na Focus: a taxa para janeiro de 2015 foi modificada de 1,05% para 1,10%. Um mês antes, essa taxa estava em 0,95%. Para fevereiro, a mediana das previsões passou de 0,74% para 0,75%, ante 0,72% de quatro semanas atrás.
PIB
Para oProduto Interno Bruto(PIB) deste ano, a estimativa é de expansão de 0,38% ante taxa de 0,40% apontada no levantamento anterior - há quatro semanas, a aposta era de uma alta este ano de 0,55%.
Já para 2016, a expectativa é mais otimista, de crescimento de 1,80%, projeção que foi apresentada no mesmo documento na semana anterior e mantida agora. Quatro semanas atrás, a mediana das projeções de crescimento do PIB no ano que vem era de 1,90%.
A produção industrial segue como setor vital para a confecção das previsões para o PIB em 2015 e 2016. No boletim Focus, a mediana das estimativas do mercado para o setor manufatureiro revela uma expectativa de alta de 0,71% para este ano ante 1,02% prevista na semana passada e também quatro semanas atrás.
Para 2016, as apostas de expansão para a indústria foi mantida em 2,65% como na semana passada - quatro semanas antes, estava em 2,50%.
Os economistas também ajustaram suas estimativas para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB. Para 2015, a mediana das previsões saiu de 37,25% para 37,00%. Quatro semanas antes estava em 36,90%.
No caso de 2016, as expectativas passaram de 37,80% para 37,40% - no boletim divulgado há um mês a taxa era de 37,70%.
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