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Agências internacionais Fundionária da Ford distribui comunicado sobre o novo plano de reestruturação/EFE

NOVA YORK - A Ford anunciou nesta sexta-feira um plano de reestruturação mais agressivo do que o divulgado no mês de janeiro, com o qual pretende reduzir seus custos anuais em US$ 5 bilhões até 2008.

Em comunicado, a empresa informou que o plano incluirá ainda o corte de um terço de seu pessoal administrativo, cerca de 14 mil postos de trabalho, assim como um plano de demissão voluntária para 75 mil operários nos EUA.

Esse é o terceiro plano de reestruturação apresentado em cinco anos pela empresa, que no primeiro semestre do ano registrou perdas de US$ 1,4 bilhão.

A companhia admitiu também que não será capaz de fazer com que sua unidade americana seja outra vez lucrativa antes de 2009, contrariando sua expectativa inicial de que esse objetivo fosse atingido até 2008.

Mais duas fábricas da montadora foram incluídas na lista das 14 já escolhidas para serem fechadas: Maumee, em Ohio, e Essex, em Ontário. O fechamento das fábricas devem ocorrer até o fim de 2008 e não mais em 2012, como fora anunciado anteriormente.

"Essas ações têm conseqüências dolorosas para as comunidades e para muitos de nossos leais funcionários. Mas as rápidas mudanças na demanda dos consumidores, que afetam nossa produção, e os altos preços das commodities indicam que temos que continuar trabalhando rapidamente e decisivamente para arrumar nosso negócio", dizia o comunicado assinado pelo chairman Bill Ford

A empresa afirmou ainda que vai suspender o pagamento de seus dividendos no quarto trimestre. A medida vai gerar redução anual de custos de US$ 350 milhões.

O corte de custos era ansiosamente aguardado. O sindicato United Auto Workers já havia adiantado na noite de quinta-feira que a Ford apresentaria um plano de demissão voluntária a 75 mil trabalhadores, chegando a oferecer mais de US$ 140 mil para alguns dos funcionários que concordassem em abrir mão de outros benefícios a que teriam direito na aposentadoria.

As medidas anunciadas nesta sexta-feira ampliam os planos anunciados em janeiro de fechar 14 fábricas e suprimir cerca de 30 mil empregos. Mas alguns desses cortes não deveriam ocorrer, efetivamente, até 2012. No entanto, Wall street estava pressionando a montadora a acelerar os planos por causa das perdas maiores que o esperado nos resultados e vendas mais fracas.

GM, Ford e Chrysler vêm apresentando problemas ao tentar competir com marcas importadas como a Toyota Motor, Honda Motor e Nissan, que não enfrentam os custos gigantescos com planos de saúde e benefícios de aposentadoria.

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