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A menor geração de energia elétrica a partir das usinas hidrelétricas pode provocar uma despesa de R$ 8,6 bilhões para os geradores entre os meses de janeiro e fevereiro.

O número é uma estimativa da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) a partir do potencial déficit de geração hídrica nos dois primeiros meses do ano.

Quando o conjunto de projetos hidráulicos gera menos energia do que a garantia física sazonalizada para o período, as geradoras são obrigadas a comprar energia no mercado de curto prazo para honrar compromissos.

O número preliminar de janeiro aponta que o déficit de geração hídrico tenha ficado em 19,5%. O GSF, indicador utilizado para definir o fator de ajuste do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE), ficou, portanto, em 80,5% no período. Para fevereiro, a previsão é que o indicador alcance 77,2%, o que implicaria em um déficit mensal de 22,8%.

A diferença entre a garantia física e a geração hidráulica das usinas incluídas no MRE seria de 11.472 MW médios em janeiro e 13.354 MW médios em fevereiro. Tendo como base o preço da energia comercializada no mercado de curto prazo, os desembolsos das geradoras seriam equivalentes a R$ 5,1 bilhões para honrar os compromissos relativos ao mês de janeiro e R$ 3,5 bilhões por fevereiro.

A CCEE pondera, contudo, que o valor é apenas um referencial, dado que o impacto efetivo para as geradoras está relacionado à posição comercial de cada companhia. Uma empresa que estiver exposta ao mercado de curto prazo pode ser obrigada a contratar todo o montante no mercado.

Mas, diante do cenário de déficit já previsto para este ano, muitas empresas mantiveram excedente de energia descontratado para evitar despesas bilionárias em função do GSF e, com isso, reduziram a exposição.

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