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O primeiro-ministro francês, François Fillon, anunciou ontem planos para mais economias orçamentárias de 7 bilhões de euros em 2012 e de 11,6 bilhões de euros em 2013, em um momento no qual a segunda maior economia da zona do euro busca proteger seu rating máximo "AAA" e evitar a pressão dos mercados financeiros, que agora está afetando a Itália. Segundo Fillon, a meta é gerar mais 65 bilhões de euros em economias ao todo até 2016 e o pacote inclui cortes de gastos e aumento de impostos.

Entre as medidas do projeto, está adiantar para 2017 a entrada em vigor da nova idade mínima para aposentadoria, que passará de 60 para 62 anos no país, como tentativa para limitar gastos com segurança social. Com essa medida, o Executivo espera economizar cerca de 8 bilhões de euros nos próximos anos. Programas com ajuda de custo e auxílio para a compra de moradias também sofrerão cortes.

Segundo Fillon, o Estado deve reduzir seus gastos também com o congelamento do salário de ministros e do presidente, cargo ocupado atualmente Nicolas Sarkozy, e haverá aumento de impostos pagos pela população para contribuir com uma maior arrecadação governamental.

"Para respeitar nossa trajetória de redução de déficits, vamos realizar esforços adicionais de 65 bilhões de euros até 2016", afirmou o primeiro-ministro na apresentação das novas medidas, depois de recordar que "falência já não é uma palavra abstrata". Com o alerta, Fillon justificou as medidas de austeridade, que afetarão tanto empresas quanto cada cidadão francês.

O plano também inclui uma alta temporária de 5% nos impostos para empresas com capital de giro acima de 250 milhões de euros, e uma elevação na taxa de desconto de vendas de produtos com imposto de valor agregado para 7% – mas, de acordo com Fillon, o aumento não afetará o setor de alimentos.

O projeto é o segundo que Paris apresenta em quatro meses e pretende fazer frente à revisão negativa para as previsões de crescimento da economia francesa, que agora espera-se avançar 1%, em vez de 1,75%. O novo plano foi acertado na noite de domingo por Fillon e pelo presidente francês, segundo fontes governamentais. Após a greve ocorrida no fim do ano passado com o aumento da idade mínima para aposentadoria, o anúncio de ontem pode levar mais trabalhadores às ruas da França.

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