França e Bélgica descartaram neste sábado planos de quebrar o já afetado banco Dexia e dividir seus ativos para preservar o financiamento de centenas de cidades nos dois países e evitar um aprofundamento da crise da dívida na zona do euro.
O Dexia, cujo conselho vai se reunir no domingo, foi forçado a procurar ajuda governamental durante a semana, depois de uma crise de liquidez.
O Banco franco-belga à beira do colapso foi adicionado aos temores de investidores sobre a solidez de bancos europeus e coincidiu com a intensificação das conversas na União Europeia sobre uma ação coordenada para recapitalizar bancos pelo continente.
O fardo de salvar o Dexia levou a agência de classificação Moddy's a alertar, na última sexta-feira, que a classificação dos títulos do governo belga Aa1 poderia cair.
França e Bélgica garantiram o financiamento do Dexia, prepaparando o terreno para um novo resgate do banco, que tem dificuldades para lidar com bilhões de euros de títulos podres acumulados após um plano de expansão ambicioso.
Mas há sinais de que detalhes do resgate têm causado transtornos, uma vez que a reunião do conselho, originalmente marcada para sábado, passou para domingo.
Ainda assim, uma fonte próxima das conversas estava confiante que o futuro do banco será determinado antes da abertura dos mercados na manhã de segunda-feira.
"O funeral do Dexia será anunciado no domingo", disse a fonte, que pediu para não ser identificada.
O primeiro-ministro belga Yves Leterme e seu colega francês François Fillon conversaram mais cedo por telefone neste sábado e especialistas dos dois países tiveram encontro em Paris para resolver os detalhes do salvamento ao Dexia.
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