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A França cortou nesta quarta-feira sua perspectiva de crescimento econômico e anunciou 12 bilhões de euros em economias extras neste ano e no próximo, por meio de um conjunto de medidas que inclui desde a insenção de impostos até novas taxações para os mais ricos, para assegurar o alcance de suas metas de déficit.

O primeiro-ministro François Fillon disse que o governo reduziu sua expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012 para 1,75 por cento, ante estimativa anterior de 2,25 por cento. A previsão para 2011 também foi reduzida para 1,75 por cento, contra 2,0 por cento.

Ao anunciar um apressado pacote visando garantir que o crescimento lento não prejudique o rating máximo "AAA" da França, Fillon disse que o governo vai implementar um novo e temporário imposto de 3 por cento sobre a renda anual de cidadãos que ganham acima de 500 mil euros, conforme busca uma meta de déficit de 4,5 por cento sobre o PIB no próximo ano.

"A redução de nossos déficits é uma meta sagrada", afirmou Fillon a jornalistas. "É uma obrigação econômica, mas também uma obrigação social, porque um país não pode viver além de suas possibilidade para sempre."

O imposto poderá levantar 200 bilhões de euros por ano e ficará em vigor até a França alcançar sua meta de redução do déficit para 3 por cento do PIB, o que está previsto para 2013.

Em 2010, o déficit ficou em 7,1 por cento do PIB, e o governo tem prometido cortá-lo para 5,7 por cento neste ano.

O governo conservador também quer modificar um imposto sobre ganhos de capital com operações imobiliárias, disse o premiê, culpando as montanhas de déficit no mundo rico pela desaceleração no crescimento global.

No total, o governo almeja 1 bilhão de euros em receitas extras no restante de 2011 e 10 bilhões de euros em 2012, quando Paris também quer cortar 1 bilhão de euros em gastos.

"Essa é uma política rigorosa que permitirá à França permanecer tranquila", disse Fillon. "Nosso país precisa cumprir suas promessas (de défici). É do interesse todos os franceses."

O presidente Nicolas Sarkozy ordenou a seus ministros de Orçamento e Finanças apresentem novas medidas para cortar o déficit, num encontro emergencial no início deste mês, interrompendo suas férias de verão após a queda do mercado revelar o nível de preocupação com as finanças públicas francesas.

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