Frentistas de Curitiba, região metropolitana e Litoral do Paraná fazem uma manifestação nesta segunda-feira (10) para reivindicar aumento no reajuste salarial. O protesto, organizado pelo Sindicato dos Empregados em Postos de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Curitiba, região metropolitana e capital (Sinpospetro), começou às 14 horas e percorreu algumas ruas centrais de Curitiba. Por volta das 15h30, os manifestantes estavam em um posto de combustível na Avenida Vicente Machado, onde finalizariam os protestos do dia.
De acordo com o presidente do Sinpospetro, Laírson Senna, a pauta de reivindicação dos trabalhadores requer aumento salarial de 18% e também um reajuste de 20% no vale-alimentação, contra a proposta do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Paraná (Sindicombustíveis-PR), que cederia apenas o reajuste da inflação. Atualmente, o salário piso dos frentistas na região é de R$ 769, 24.
"É pela nossa indignação que estamos fazendo essa manifestação. O ajuste proposto é irrisório. Mal dá para manter uma pessoa solteira, imagina um pai de família", declarou Senna.
Segundo o presidente, nesta terça-feira haverá mais uma reunião do sindicato patronal para avaliar a reivindicação dos frentistas, e caso não haja uma contraproposta que agrade aos trabalhadores, uma assembleia organizada pelo Sinpospetro no próximo dia 21 de junho poderá decretar situação de greve.
Outro lado
Outro lado
O presidente do Sindicombustíveis-PR, Roberto Fregonese, informou que o reajuste oferecido para a categoria é de 8,5%, o que seria acima da inflação acumulada, que chega a 7,16%. Além disso, também estaria sendo proposto o dobro da inflação para o vale-alimentação e para a Participação nos Lucros e Resultado (PLR), que hoje é de 120 reais.
Segundo o presidente, um aumento acima do previsto pelos patrões poderia acarretar no aumento do preço dos combustíveis em Curitiba, já que os donos dos postos não teriam como arcar com a despesa.
"É totalmente impossível de poder ceder ao que eles querem, até porque a gasolina iria para mais de três reais o litro aqui em Curitiba. Eu vejo que se não houver bom senso de compatibilizar o aumento, com certeza temos uma possibilidade iminente de greve. Não vejo outra saída", disse.
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