O Frigorífico Independência anunciou nesta quarta-feira (1º) o corte de mais 1.400 funcionários, com o fechamento de uma unidade de abate e desossa em Nova Xavantina (MT), da unidade de desossa em Presidente Venceslau (SP) e do centro de distribuição em Itupeva (SP). Com os cortes informados nesta quarta-feira, sobe para 6.200 o número de pessoas demitidas pela empresa nos últimos nove dias, o que equivale a cerca da metade do efetivo total anterior. De um total de 18 unidades no País, 10 continuam em operação.
Em 24 de março, a empresa demitiu 2 mil pessoas com o fechamento das unidades de Senador Canedo (GO) e em Anastácio (MS). No dia seguinte (25), o Independência fechou a unidade de abate e desossa de Confresa (MT), a unidade de produção de charque em Pires do Rio (GO) e a planta de abate e desossa em Nova Andradina (MT), com demissão de outras 2,8 mil pessoas.
O Independência informou que as medidas são parte de um programa de ajuste das operações, diante da realidade do mercado. Segundo o frigorífico, os preços estão em queda por causa da retração na demanda internacional e do excesso de oferta de carne, tanto no mercado doméstico quanto nas exportações. "O Independência se mantém fortemente compromissado em continuar suas atividades e manter suas relações comerciais com seus clientes e fornecedores à medida que procura adequar suas operações ao ambiente econômico atual", diz nota divulgada hoje pela empresa.
Na última sexta-feira (dia 27), a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), afirmou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) havia liberado uma carta de crédito de R$ 200 milhões para que o Banco do Brasil possa realizar operações de empréstimo ao Independência. Na ocasião, a senadora afirmou que os recursos serão destinados exclusivamente ao pagamento dos pecuaristas fornecedores de animais para a empresa. "A condição é essa. O dinheiro é carimbado", disse na semana passada.
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