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Foz do Iguaçu – Funcionários da Itaipu Binacional iniciaram ontem uma paralisação de 24 horas para reivindicar aumento de salário. O movimento teve início às 7 horas com um piquete em frente ao portão principal da usina. Apesar da greve, a geração de energia não foi interrompida, mas as visitas turísticas acabaram sendo suspensas por falta de trabalhadores. Hoje, os grevistas fazem assembléia para definir se mantém ou não o movimento.

O presidente do Sindicato dos Eletricitários de Foz do Iguaçu (Sinefi), Assis Paulo Sepp, diz que a categoria faz três reivindicações. A primeira delas é referente ao ganho real de salários. Os grevistas querem aumento de 1,5% sobre o salário que já foi reajustado em 2,71%. Outro pedido é o estabelecimento de critérios para a promoção por mérito, o que atualmente é feito de acordo com a decisão dos gerentes. Os funcionários também solicitam que o cálculo da indenização por dispensa sem justa causa seja semelhante ao do Paraguai. No Brasil, a indenização é feita com base no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). No Paraguai, os funcionários recebem outra remuneração com base no protocolo de Itaipu, equivalendo entre 20% a 30% a mais que a dos brasileiros.

De acordo com o Sinefi, pelo menos 900 dos 1,2 mil funcionários aderiram ao movimento. Apenas os engenheiros não participaram da greve. O Sinefi informou que o salário médio dos funcionários da Itaipu é de R$ 3,6 mil. No entanto, há cargos em que a remuneração é de R$ 700,00.

O diretor-administrativo da Itaipu, Edésio Passos, diz que a empresa não vai conceder aumento real (acima da inflação) aos funcionários. A decisão foi repassada ontem aos grevistas, durante reunião de negociação no início da noite. Segundo Passos, a concessão do ganho real foi rejeitada pela diretoria porque o lado paraguaio não concorda e também pelo fato de os funcionários já receberem anuênio. " Esse aumento automático que eles têm por ano acumula um valor real considerado", diz. A Itaipu ofereceu para cada empregado 80% de uma remuneração mais uma parcela fixa de R$ 1 mil como abono salarial.

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