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Em Curitiba, protesto ocorreu em frente ao McDonald’s da Rua XV de Novembro | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Em Curitiba, protesto ocorreu em frente ao McDonald’s da Rua XV de Novembro| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Um protesto de empregados de redes de fast-food reuniu ontem cerca de 50 pessoas na Rua XV de Novembro, em Curitiba. Eles protestaram por melhores condições de trabalho, salários maiores e pelo fim do que chamam de "jornada móvel". A manifestação fez parte de uma mobilização global organizada pela União Internacional de Trabalhadores de Alimentação, Agrícolas, Hotéis, Restaurantes, Tabaco e Afins, com convocações em 130 cidades em 33 países.

Luis Alberto dos Santos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio Hoteleiro, Meio de Hospedagem e Gastronomia de Curitiba e Região (Sindehoteis), explicou que a jornada móvel tem sido o principal tema de reclamações. Por esse sistema, os trabalhadores precisam ficar nas lojas por até 12 horas. Em períodos em que não há movimento, eles são "dispensados" para ficar em uma sala no próprio estabelecimento, mas sem receber por esses períodos.

Em São Paulo, assim como em Curitiba, os protestos ocorreram em frente a um estabelecimento da rede McDonald’s. Atualmente, segundo o gerente geral do departamento jurídico do sindicato paulista, Antonio Carlos Lacerda, um funcionário médio do McDonald’s no Brasil ganha cerca de US$ 1,50 (R$ 3,33) por hora trabalhada. O movimento internacional reivindica que a hora paga aos funcionários da rede seja equivalente ao valor de dois sanduíches Big Mac. O sanduíche custa R$ 13 no Brasil.

Em nota, o McDonald’s disse que cumpre rigorosamente a legislação trabalhista e segue o que é previsto e reconhecido por lei. "Os salários são pagos de acordo com o piso salarial estabelecido nas convenções coletivas de trabalho negociadas com os sindicatos que representam os trabalhadores em cada cidade onde atua", informou a empresa.

Pelo mundo

O movimento teve adesão de trabalhadores de cidades americanas, como Miami, Nova York e Los Angeles, e ocorreu também em outras partes do mundo. Nos EUA, os grevistas querem receber o dobro da remuneração atual, chegando a US$ 15 por hora (R$ 33,30), e reivindicam a permissão para integrarem sindicatos.

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