Funcionários do governo argentino liderados pelo subsecretário de Coordenação do Ministério do Planejamento da Argentina, Roberto Baratta, tomaram o controle da companhia petrolífera YPF nesta segunda-feira (16) e retiraram os diretores executivos espanhóis e argentinos da companhia.
Baratta, que era o único representante do Estado argentino na direção da YPF, apresentou uma lista de diretores executivos que, segundo o Governo, devem renunciar, e ordenou a mudança da segurança do edifício, segundo fontes da companhia petrolífera.
O alto cargo argentino se apresentou na sede da companhia, no bairro de Puerto Madero, em Buenos Aires, apenas alguns minutos após a presidente Cristina Kirchner anunciar em rede nacional a intervenção imediata na YPF e o envio ao Congresso de um projeto de lei para expropriar 51% da empresa, controlada em 57% pela espanhola Repsol.
Cristina decretou que o ministro do Planejamento, Julio de Vido, assumirá a intervenção da companhia, com a ajuda do vice-ministro de Economia, Axel Kicillof, que a imprensa local apontou como um dos principais incentivadores da desapropriação da companhia petrolífera.
A cotação das ações da YPF foi suspensa nesta segunda-feira na Bolsa de Buenos Aires após o anúncio de desapropriação do Governo, que declarou "de utilidade pública e sujeito a desapropriação" 51% do patrimônio da maior petrolífera argentina.
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