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Dona da rede Viana pode captar quase R$ 700 milhões

- A International Meal Company (IMC), holding que é dona das redes de restaurantes e lanchonetes Viena e Frango Assado, pode levantar até R$ 680,4 milhões em sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).

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São Paulo - As ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) de empresas que receberam investimentos de fundos de private equity – tipo de atividade financeira realizada por instituições que investem essencialmente em empresas que ainda não são listadas em bolsa de valores – devem representar pelo menos um terço do total de operações deste ano no mercado brasileiro. A projeção é de Carlos Asciutti, sócio de transações da Ernst & Young Terco.

De todos os IPOs realizados em 2010 no mercado global, 155 foram de companhias que tinham um private equity como sócio, em operações que levantaram US$ 35 bilhões, mais que o dobro em relação aos US$ 16,8 bilhões registrados em 2009, de acordo com estudo da Ernst & Young Terco. Nos países emergentes, metade das ofertas iniciais teve participação de fundos.

Das quatro empresas que abriram capital no Brasil neste ano até o momento, a Arezzo é a única que possui investimentos de um private equity. A gestora brasileira de recursos Tarpon, que, em 2007, pagou R$ 76,3 milhões por uma participação de 25% na companhia e avaliou a empresa em R$ 305 milhões, obteve um retorno de mais de cinco vezes o investimento no IPO, quando o valor de mercado da Arezzo subiu para R$ 1,682 bilhão. Além de ter um private equity, a oferta da Arezzo foi a única a sair com preço por ação no topo da faixa indicativa, enquanto as demais realizadas este ano precisaram ter o valor reduzido.

A próxima companhia que tem presença de private equity em seu capital e que vai entrar na bolsa é a Internation Meal Company (IMC). Dona das redes de restaurantes Frango Assado e Viena, a IMC é controlada pelo fundo norte-americano Advent.

Na avaliação de Asciutti, as empresas que contam com o investimento de um fundo antes da abertura de capital, em geral, estão melhor preparadas para ir a mercado. "O private equity tem a mesma visão do investidor, já que os cotistas dos fundos, em muitos casos, também compram ações em bolsa", disse.

Atalho

Atualmente, seis empresas entraram com pedido de registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar uma oferta inicial de ações na bolsa, das quais três possuem investimentos de fundos. Um dos ganhos que a empresa tem ao receber o investimento de um fundo é justamente "cortar caminho" em direção à abertura de capital, segundo ele.

Para o sócio da Ernst & Young Terco, a melhor preparação justifica o bom desempenho das ações dessas companhias após o IPO. Na média, os papéis das empresas registraram valorização de 27,2% em 2010, conforme estudo da Ernst & Young com todas as companhias que abriram o capital em 2010 e tinham um fundo entre os sócios. Ainda concluiu o estudo que 71% das companhias com private equity encerraram o ano cotadas acima do preço definido no IPO, e um terço registrou valorização superior a 40%.

No Brasil, a maior parte dos IPOs patrocinados por private equity deve partir de fundos criados entre 2005 e 2006, diz o sócio da Ernst & Young Terco. "Esse é o prazo médio para o amadurecimento de uma estratégia de investimento, mas nada impede que, dependendo das condições de mercado, casos mais recentes venham à bolsa." Para os próximos anos, as perspectivas são ainda melhores por causa do aumento dos investimentos dos fundos no país, que deve se refletir num acréscimo no número de ofertas na bolsa, diz Asciutti.

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