O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou nesta quarta-feira a fusão do grupo JBS e Bertin, criando a maior empresa de carnes do mundo. Além disso, as empresas tiveram permissão para compra de outras 11 plantas de frigoríficos.
Para que não haja concentração de mercado em relação ao abate e comércio de carne, as empresas terão de informar o Cade pelos próximos 30 meses todas as alterações feitas nos atuais empreendimentos ou qualquer novo investimento, mesmo que seja nas plantas que estão inativas.
Não será necessário, entretanto, que as empresas tenham de vender suas unidades de abate, como chegou a ser considerado pela antiga Seae (Secretaria de Acompanhamento Econômico) no ano passado. A operação de fusão entre JBS e Bertin foi anunciada em setembro de 2010.
Durante discussão do conselho, foi apontado que a maior concentração, pós-fusão, no país ocorre no Estado do Mato Grosso, onde as empresas juntas ocupam 50% do mercado. O Estado é responsável por 13% da criação nacional de gado e por 30% dos abates realizados em 2011.
O Cade também aplicou multa de R$ 7,4 milhões em multa às empresas, pela não notificação de operações/aquisições realizadas no decorrer do processo.
Francisco de Assis e Silva, diretor de relações institucionais da JBS, informou que a empresa considera a multa "pesada", mas que não entrará com recurso. Entretanto, deve pedir ao Cade que esse valor seja parcelado.
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