São Paulo - O ano de 2010 marca um recorde em operações de fusões e aquisições no país. Segundo a auditoria KPMG, até o último dia 20 foram realizadas 707 operações, já superando a marca histórica anterior de 699 transações registradas durante todo o ano de 2007. Na comparação com o acumulado entre janeiro e 20 de dezembro de 2009, quando ocorreram 454 fusões e aquisições, a expansão é de 56%.
"O fator decisivo para a quebra desse recorde foi o apetite das empresas estrangeiras por aquisições no Brasil. Em relação ao ano passado, até o momento, houve um aumento de 87% nessas transações, enquanto as aquisições lideradas por empresas brasileiras cresceram 46% no mesmo período. As aquisições brasileiras somam um número relevante, mas o verdadeiro diferencial foi o aumento do investimento estrangeiro no país", afirmou o sócio responsável pela pesquisa de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil, Luis Motta, em nota.
No acumulado de 2010, as transações lideradas por brasileiras representaram 60% do total, sendo 323 domésticas (entre empresas de capital brasileiro), 65 aquisições/fusões de estrangeiras estabelecidas no exterior e 34 compras/fusões de estrangeiras localizadas no país. Já na análise do país de origem das empresas estrangeiras que adquiriram operações brasileiras durante 2010, o destaque foi para as companhias norte-americanas (com 113 transações), seguidas por França (22) e China (21).
Entre os segmentos que mais promoveram esses tipos de operações destacaram-se, no ano, o setor de tecnologia da informação (85 transações), alimentos (41), bebidas e fumo (38), real estate (construção, com 35), energia e óleo & gás (33).
Trimestre
A KPMG também apresentou os dados de fusões e aquisições do último trimestre do ano. De acordo com a auditoria, seguindo a tendência do trimestre anterior, em números absolutos, o movimento continua sendo liderado pelas empresas brasileiras, que participaram de 56% das 176 operações realizadas entre outubro e dezembro. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior (julho a setembro) houve queda de 3% nas operações domésticas (de brasileiras comprando brasileiras).
Já as fusões e aquisições feitas por empresas brasileiras com estrangeiras estabelecidas no exterior ficaram estáveis no quarto trimestre, com 13 operações ante 14 do terceiro trimestre. As operações de brasileiras adquirindo estrangeiras com sede no Brasil apresentaram crescimento moderado, com duas operações a mais do que as cinco registradas entre julho e setembro. As aquisições realizadas por companhias estrangeiras ficaram praticamente estáveis entre outubro a dezembro: 77 negócios ante 78 do terceiro trimestre.
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