A cúpula do G-20 (grupo formado por grandes economias desenvolvidas e emergentes), hoje, em Londres, deve resultar no anúncio de US$ 1 trilhão em recursos para irrigar a economia mundial, socorrer países emergentes e em desenvolvimento em crise e estimular as trocas comerciais. Desse valor, cerca de US$ 750 bilhões seriam destinados ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e US$ 200 bilhões ao Banco Mundial, segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Segundo Mantega, um acordo em torno desses valores depende da reorganização do poder de decisão nas instituições internacionais - de como o aporte será feito e da reformulação das condições de saque por parte dos países-membros do Fundo. "Não podemos manter o status quo do Fundo, ou seja, permitir que o comando seja mantido por países que não têm mais o poder de decisão e de aporte."
Embora a maior parte dos membros do G-20 apoie a recapitalização das instituições, a reforma e a redistribuição do poder de decisão não são, de acordo com a delegação brasileira, prioridades dos EUA e da União Europeia. O tema é uma das bandeiras do presidente Lula em Londres.
Promessas
Os líderes do G-20 vão prometer cooperar em políticas para restaurar o crescimento econômico e evitar as desvalorizações de suas moedas. A promessa consta de um esboço do comunicado final da reunião do G-20, que será divulgado hoje em Londres. Em relação aos paraísos fiscais, o comunicado final do G-20 terá uma frase de impacto: "A era do segredo bancário acabou".
O comunicado vai trazer cinco promessas: restaurar o crescimento e os empregos; resgatar os bancos e o crédito; fortalecer as instituições financeiras globais para lidar com a crise e evitar crises futuras; promover o comércio mundial e construir uma recuperação sustentável. O documento diz que o G-20 está preparado para regulamentar os principais fundos de hedge e criar um novo conselho de supervisão para monitorar o sistema financeiro global.
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