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Ação coordenada

G-7 anuncia plano de ação de 5 pontos para restabelecer crédito

Grupo dos sete países mais industrializados do mundo se reuniu neste fim de semana para tratar da crise financeira global. Acordo vai ao encontro das sugestões feitas pelo FMI

Sede do FMI, em Washington: fundo pôs à disposição dos países-membros quase US$ 250 bilhões para responder à crise financeira. | Tim Sloan/AFP
Sede do FMI, em Washington: fundo pôs à disposição dos países-membros quase US$ 250 bilhões para responder à crise financeira. (Foto: Tim Sloan/AFP)

Os ministros de Finanças e presidentes dos bancos centrais do G-7, grupo de países mais industrializados do mundo, disseram na noite de ontem que vão adotar ações urgentes e excepcionais para lidar com o aperto no crédito global e que vão usar todos os instrumentos disponíveis para proteger instituições financeiras importantes do colapso.

O projeto prevê a adoção de "todas as medidas necessárias para desbloquear o crédito e os mercados monetários" para que os bancos tenham amplo acesso a dinheiro novo, tanto público quanto privado. O grupo de países também se compromete a fazer o necessário para desbloquear o mercado de crédito hipotecário – onde a crise se originou – e destaca a necessidade de se restabelecer a confiança no setor bancário. O anúncio foi feito ontem, depois da reunião ocorrida no Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.

A recapitalização dos bancos é essencial para a restauração da confiança nos mercados financeiros, havia dito no dia anterior o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn.

Detalhes

Os ministros do G-7 resumiram seus novos compromissos num comunicado com cinco itens: 1) usar todos os meios disponíveis para apoiar sistematicamente as instituições financeiras importantes e impedir sua falência; 2) fazer o necessário para descongelar os mercados monetários e de crédito e garantir amplo acesso dos bancos e outras instituições aos fundos necessários; 3) garantir que os bancos e outros intermediários importantes, na medida do possível, possam levantar capital de fontes públicas e privadas, em volume suficiente para restabelecer a confiança e para continuarem emprestando a empresas e famílias; 4) oferecer garantias aos depositantes; 5) agir para restabelecer o mercado secundário de hipotecas e outros ativos securitizados.

Os ministros comprometeram-se a tomar os cuidados necessários para proteger os contribuintes e evitar danos a outros países. Anunciaram, também, a disposição de usar os instrumentos macroeconômicos adequados, a apoiar o socorro do FMI aos países abalados pela crise e a trabalhar pela reforma do sistema financeiro.

Ampla intervenção

As decisões dos ministros coincidem com as principais sugestões apresentadas nesta semana por Strauss-Kahn e outros altos funcionários do FMI. Até a quinta-feira, a maioria dos governos da União Européia rejeitava intervenções mais amplas que aquelas empreendidas pelos bancos centrais.

"A turbulência nos mercados é um evento global", disse o secretário de Tesouro dos EUA, Henry Paulson, depois da reunião, ao justificar as decisões. A situação, segundo ele, impõe medidas cooperativas a autoridades financeiras e monetárias de todo o mundo. Além das autoridades americanas, compõem o G-7 os ministros de Finanças e presidentes de BCs de Canadá, Japão, Alemanha, Reino Unido, França e Itália.

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