Com a estrada à frente parecendo menos tortuosa, os ministros das Finanças do grupo dos 20 ficarão felizes em ignorar os acidentes que ficaram para trás, quando se encontrarem nesta semana para traçar um curso para a economia mundial.
A zona do euro como um todo e boa parte de seus membros, incluindo França, Itália e Holanda, devem divulgar que suas economias encolheram no trimestre passado, junto à Alemanha e aos Estados Unidos, ao passo que o Japão mal conseguiu crescer, de acordo com economistas consultados pela Reuters.
Mas o grupo das 20 principais economias, o G20, que se encontrará em Moscou na sexta-feira (15), deve ser capaz de se animar com dois indicadores que serão divulgados em breve - a pesquisa manufatureira do Fed de Nova York e uma pesquisa da Universidade de Michigan sobre confiança do consumidor.
Economistas esperam que ambos apresentem melhoras, apesar das incertezas sobre o impacto, sobre impostos e gastos públicos, das longas negociações para a redução do déficit dos Estados Unidos.
Luca Paolini, estrategista-chefe da Pictet Asset Management em Londres, disse estar mais otimista sobre a perspectiva global, mas alertou que um sentimento de perspectiva é necessário. Mercados muito animados correm o risco de darem um passo maior do que a perna.
"Nossos principais indicadores estão subindo, mas não acredito que estejamos em um forte ambiente de crescimento. Vemos frágil crescimento, e isso não vai mudar neste ano", disse ele.
Um buraco óbvio na estrada para a recuperação é a ameaça de desvalorizações competitivas, à medida que países sedentos por crescimento buscam dar a seus exportadores um impulso ao publicamente desenfatizarem suas moedas ou ativamente as pressionarem para baixo com ousados alívios monetários.
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