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Líderes dos oito países mais ricos preparam-se para foto oficial do encontro, na Irlanda do Norte nesta terça-feira (18) | REUTERS / Yves Herman
Líderes dos oito países mais ricos preparam-se para foto oficial do encontro, na Irlanda do Norte nesta terça-feira (18)| Foto: REUTERS / Yves Herman

O G8, grupo que reúne as principais economias do mundo, disse que vai adotar uma postura mais rígida no combate à lavagem de dinheiro e à evasão fiscal, mas prometeu pouco no sentido de especificar novas medidas nesta terça-feira (18). Os líderes do grupo acertaram uma série de metas, incluindo maior transparência sobre quem controla empresas-fantasma e mais compartilhamento de informações entre autoridades tributárias.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, tem buscado reprimir fluxos secretos de dinheiro e tornou a questão um assunto central de sua presidência do G8 neste ano. Mas o comunicado não continha uma promessa firme de criar registros dos donos "benéficos" --ou verdadeiros-- de companhias que estaria disponível para autoridades tributárias e de aplicação da lei.

A Grã-Bretanha se comprometeu no sábado a fazê-lo e ativistas esperavam que outros países do G8 seguissem seu exemplo. "Se todas essas promessas tornarem-se realidade, isso pode ter um impacto enorme no combate a um dos maiores escândalos do nosso tempo. Mas há um longo caminho pela frente", disse o ativista tributário Murray Worthy, da organização de caridade britânica anti-pobreza War on Want.

Ativistas dizem que a quantidade de fluxos ilícitos de dinheiro saindo de países em desenvolvimento equivale ao dobro do auxílio de desenvolvimento que eles recebem. Sob pressão de eleitores, parlamentares têm crescentemente se concentrado em evasão tributária. Mais de 50 países acertaram um novo protocolo sobre compartilhamento de dados tributários desde 2011.

Cameron disse que sua proposta para que empresas divulguem o lucro de suas operações em cada país pode ajudar a expor a transferência de lucros corporativos para países que cobram menos impostos.

O senador dos EUA Carl Levin, crítico de longa data de atividades como essa, recebeu bem a proposta. Grupos empresariais disseram que poderiam apoiá-la se a quantidade de informações que fossem obrigados a entregar às autoridades não for muito detalhada.

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