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No Facebook

800 milhões de pessoas estão no Facebook. Esse banco de dados com informações sobre gostos e imagens poderão ser a vantagem competitiva da empresa para desenvolver um produto que pode ser vestido, de acordo com a empresa de pesquisa Forrester Research.

Interatividade

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Os eletrônicos que podem ser vestidos como uma roupa são a próxima frente de batalha dos gigantes da tecnologia, de acordo com um estudo feito pelo instituto americano Forrester Research, especializado em pesquisa e consultoria na área de tecnologia. Divulgado na semana passada, o estudo afirma que há enorme potencial para o uso desse tipo de aparelho nas áreas de saúde e exercício, redes sociais, comércio e mídia.

"Imagine vídeo games que acontecem em um espaço real. Óculos que nos lembram o nome de um colega que você realmente precisa saber. Ou pagar um café no Starbucks com o relógio ao invés do telefone. Esses produtos vão transformar nossas vidas de várias maneiras, triviais e substanciais, que estamos apenas começando a imaginar", escreveu Sarah Rotman Epps, responsável pelo estudo, numa apresentação sobre o relatório publicada no site da Forrester.

O texto argumenta que os gadgets que podem ser vestidos vão ganhar força quando receberem investimentos das cinco grandes empresas da área de tecnologia – Apple, Google, Microsoft, Amazon e Facebook. Cada uma delas teria uma vantagem competitiva para entrar no mercado. A Apple tem a marca mais forte, excelente canal de distribuição e um marketing poderoso. O Google possui uma plataforma aberta (Android) que pode ser utilizada por terceiros para criar e aprimorar produtos. A Microsoft é dona do Kinect, o melhor sensor de movimentos já criado. A Amazon é dona de um banco de dados gigantesco sobre produtos e seus compradores. O Facebook tem o contato de 800 milhões de pessoas, e a possibilidade de usar reconhecimento facial para cada um deles.

"Essas plataformas – e sua comunidade de desenvolvedores – possuem a chave para a conexão com o consumidor e têm o poder de elevar os eletrônicos que podem ser vestidos de um produto de nicho para um mercado de massa", afirmou Sarah.

O relatório ainda cita que já há muitos desses produtos no mercado e mais ainda devem chegar nos próximos anos. É o caso da pulseira Nike+Fuelband, a chuteira Adidas adizero F50 e o Project Glass, do Google.

Solução

O jornalista Nick Bilton, do New York Times, põe a questão da seguinte maneira: "A tecnologia muitas vezes encontra uma maneira de corrigir os problemas que ela própria cria", escreveu ele num texto sobre os projetos secretos da Apple e do Google com aparelhos que podem ser vestidos. Depois citou um exemplo. "A invenção do smartphone criou um mundo onde milhões de pessoas passeiam pela vida constantemente olhando para um dispositivo móvel, como Narciso à beira de uma lagoa (...). As pessoas não vão abandonar esses dispositivos num futuro próximo. Realisticamente, nós nos tornaremos apenas mais absorvidos pela tela. A tecnologia terá que resolver esse problema. E o fará por meio de computadores que podemos vestir."

De acordo com ele, a versão definitiva desses gadgets seriam aparelhos com uma tela que, de alguma forma, será capaz de aumentar a nossa visão com informações e meios de comunicação, numa tendência de que o real vai cada vez mais se mesclar ao virtual.

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