• Carregando...
Linha de produção de caminhões da Volvo, em Curitiba: funcionários da empresa querem R$ 8 mil pela primeira parcela da participação nos lucros, mais R$ 2 mil de vale-mercado | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Linha de produção de caminhões da Volvo, em Curitiba: funcionários da empresa querem R$ 8 mil pela primeira parcela da participação nos lucros, mais R$ 2 mil de vale-mercado| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Venda de carros cresce apesar de IOF maior

As vendas totais de veículos no mês passado caíram 5,5% na comparação com março, mas, ainda assim, foi o melhor abril da história, com 289,2 mil unidades negociadas. Além disso, pelo critério de média diária, as vendas subiram 4,4% sobre março – que teve dois dias úteis a mais que abril. Esse comportamento mostra que o mercado ainda está aquecido, mesmo que em ritmo mais lento, apesar das medidas de contenção de crédito anunciadas pelo governo federal desde o fim do ano passado – a mais recente foi a alta do IOF, de 1,5% para 3%.

Leia a matéria completa

Renault fecha acordo, Volvo entra em greve

Os trabalhadores da fábrica da Renault/Nissan, em São José dos Pinhais (região metropolitana de Curitiba), aceitaram a proposta feita pela empresa para o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

Nas outras montadoras da região, o impasse se mantém: os funcionários da Volkswagen aprovaram um indicativo de greve, à espera de nova proposta da empresa, e os da Volvo paralisaram as atividades por tempo indeterminado.

Leia a matéria completa

Os trabalhadores no Paraná que tiveram data-base nos primeiros meses do ano conseguiram aumentos reais, apesar de a inflação mais alta já dificultar as conversas sobre reajustes. Segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeco­nômicos (Dieese), até agora a maioria das categorias obteve ganhos acima da inflação.Os trabalhadores gráficos conseguiram aumento real de 1,44%; o setor de asseio e limpeza, de 10% no piso salarial da categoria e de 1,22% nos demais níveis; os vigilantes, de 2,57%; e os servidores de São José dos Pinhais, de 1,3%. Os funcionários públicos de Curitiba tiveram aumento nominal de 6,5% e os do Estado, de 6,39% – em ambos os casos, pouco acima da inflação acumulada em 12 meses.

Apesar desses ganhos, a previsão é de um ano de negociações mais duras, principalmente no segundo semestre, quando a inflação acumulada em 12 meses deve alcançar seu pico – de 7,4%, em setembro – e ocorrem dissídios de categorias de peso, como bancários, petroleiros e metalúrgicos.

Os trabalhadores vêm de um 2010 com recorde de reajustes. No ano passado, 85% dos aumentos reais do Paraná foram acima de 1% e 76% superiores a 2%, segundo o economista Sandro Silva, analista do Dieese. "Ainda teremos aumentos reais em 2011, mas o ritmo será menor. Não teremos uma quantidade tão grande de ganhos na faixa de 4%, 5%", afirma.

Se por um lado a inflação mais alta tende a achatar os ganhos, a continuidade do crescimento da economia e o mercado de trabalho aquecido têm pesado na negociação não apenas no reajuste dos salários, mas também nas conversas sobre a Participação dos Lucros e Resultados (PLR).

Um exemplo é a negociação do PLR dos metalúrgicos da Grande Curitiba. Os 3,2 mil funcionários de chão de fábrica da Volvo decretaram ontem uma greve por tempo indeterminado depois de rejeitar a proposta da empresa. A Renault, por sua vez, aceitou a reivindicação dos trabalhadores, de PLR de 12 mil em duas parcelas. No ano passado, os empregados da montadora ganharam R$ 9 mil. Os funcionários da Volkswagen definem na quinta-feira se entram ou não em greve.

Para os metalúrgicos, o PLR é uma espécie de "termômetro" do que está por vir no segundo semestre. Segundo o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, Nelson Silva de Souza, a intenção é que 2011 seja mais um ano de aumento real. Em setembro do ano passado, a categoria conseguiu um reajuste de 3,5% acima da inflação. As vendas de automóveis e comerciais leves seguem em alta, o que dá fôlego para as discussões. "Quando a situação está ruim, as montadoras dividem o problema. Quando estão indo bem, não querem dividir os ganhos", critica Souza.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]