Garis pedem 20% de aumento e uniformes leves pro Verão

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Funcionários da limpeza pública de Curitiba pedem aumento de 20% nos salários e 30% nos vales na campanha salarial deste ano, além de uniformes próprios para o Verão e auxílio-combustível. Os mesmos porcentuais foram pedidos pelos trabalhadores no ano passado, mas, no acordo, eles conseguiram reajuste de 10,5% no salário e 20% nos vales.

As reivindicações foram decididas em assembleia do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação de Curitiba (Siemaco) no último domingo (2) e serão protocoladas nesta quarta-feira (5) nas empresas Cavo Serviços Ambientais, Grupo Estre e na Prefeitura de Curitiba. A data-base dos trabalhadores é em 1º de março, até lá ocorrerão as negociações.

Atualmente, um varredor de rua ganha R$ 871,29 de salário e vale de R$ 613,80. Caso os trabalhadores consigam o aumento pedido, o salário passaria a R$ 1.045,55 e o vale a R$ 797,94. O sindicato também representa coletores domiciliares (que recolhem o lixo das casas), coletores de materiais recicláveis da campanha "Lixo que não é lixo" e operadores de roçadeiras.

Uniformes mais leves

Os uniformes adaptados para o Verão são uma proposta antiga da categoria, segundo o presidente do Siemaco, Manassés de Oliveira, e já é realidade em estados brasileiros do Nordeste. "Com esse calor que nunca havíamos visto, não dá pra trabalhar com uniforme todo fechado. Tem que ter tecido mais leve, bermuda e um sapato especial", afirma. As temperaturas na capital passaram dos 33ºC em todos os últimos oito dias.

Os agentes ligados ao Siemaco fizeram diversas greves e manifestações ao longo do ano passado. Caso a categoria receba a mesma proposta que em 2013, Manassés afirma que não aceitará. "No ano passado conseguimos o aumento no salário acima da inflação, que é o ganho real. Este ano a inflação está mais alta, então o ganho tem que ser maior".

O presidente do sindicato diz ainda que o auxílio combustível seria uma ajuda para os trabalhadores que não ganham vale-transporte. O valor ficaria entre R$ 100 e R$ 120.

Empresas

A Cavo (que faz parte do Grupo Estre) informa que ainda não recebeu a proposta dos trabalhadores e só deve se posicionar sobre a questão depois disso.