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Desde maio, os preços do Gás Natural Veicular (GNV) ficaram mais caros nos postos em pelo menos 13 estados do Brasil, segundo informou o presidente do Comitê de GNV do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP) e da Associação Latino-Americana de GNV, Rosalino Fernandes. O executivo destaca que, segundo a Abegás, o gás nacional não era reajustado desde agosto de 2005 e estava defasado frente ao preço do gás importado da Bolívia, que é corrigido trimestralmente. Segundo o executivo, com o reajuste, algumas distribuidoras nacionais repassaram a alta para seus preços. O percentual, entretanto, foi diferenciado, devido ao custo do transporte entre os estados.

O executivo cita que pesquisa realizada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), entre os dias 29 de julho e 04 de agosto, revela que o preço médio do gás natural veicular é de R$ 1,49. Os estados da Paraíba e Alagoas são os que apresentam as maiores médias de preços do metro cúbico de GNV no Brasil, respectivamente, de R$ 1,70 e R$ 1,68. Na outra ponta, estão os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, com preços de R$ 1,15 e R$ 1,24 respectivamente.

Rosalino Fernandes destaca, contudo, que o reajuste não eliminou a vantagem econômica do gás natural veicular como combustível alternativo à gasolina e ao álcool. Pelos seus cálculos, o combustível ainda representa uma economia de até 60% em relação à gasolina e de até 40% em relação ao álcool. Enquanto um carro de médio porte roda cerca de nove quilômetros por litro de gasolina ou oito quilômetros por litro de álcool, com o gás natural, o desempenho chega a 12 quilômetros por metro cúbico. Para o coordenador do comitê de GNV do IBP, "enquanto permanecer com preço 50% abaixo do litro da gasolina ou 30% a menos que o litro do álcool, o GNV mantém vantagens competitivas sobre os demais".

Para especialistas do setor ainda é prematuro avaliar o impacto nas vendas do kit de adaptação veicular. No entanto, não se espera queda da procura pelo serviço, especialmente pelas facilidades oferecidas pelo mercado. Já para Fernandes, a expectativa é de que pelo menos 200 mil veículos sejam convertidos para o GNV ainda neste ano, aumentando a frota nacional para cerca de 1,5 milhão de automóveis.

O executivo do IBP detaca que o uso do GNV em veículos é menos nocivo ao meio ambiente do que outros combustíveis fósseis. Isso porque a queima do gás produz menor quantidade de resíduos, como o gás carbônico, que contribui para o aumento do efeito estufa. Além disso, há a garantia de procedência do combustível, que "devido à sistemática de distribuição do gás, não está sujeito a adulteração, como no caso dos combustíveis líquidos". Por todas essas qualidades, o gás natural ainda é vantajoso para automóveis, mesmo estando 6,20% mais caro do valor cobrado em junho de 2006.

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