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São Paulo (Folhapress) – Os donos de carros bicombustíveis podem perder se preferirem o álcool na hora de abastecer na maior parte dos estados do país. Pesquisa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), baseada em dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) coletados na semana passada, mostra que encher o tanque com gasolina já é mais vantajoso em ao menos 15 estados, incluindo o Paraná, e no Distrito Federal.

A conta do Cepea leva em consideração que o álcool deve custar no máximo de 60% a 70% do valor da gasolina para ser vantajoso ao motorista. A diferença de 30% a 40% se deve ao menor rendimento dos motores movidos a álcool e varia de acordo com o modelo do carro. Os consumidores do Amapá, Pará e Rio Grande do Sul são os que mais perdem se optarem por abastecer com álcool. No Amapá, por exemplo, o álcool custa em média 82% do preço da gasolina, o maior percentual entre os estados. No Paraná, o consumidor paga em média R$ 1,73 pelo álcool, o que representa quase 72% do cobrado pela gasolina.

GNV

Com o aumento recente dos preços do álcool e com o custo da gasolina em um patamar alto devido à valorização do barril de petróleo no mercado internacional, tem aumentado a procura pela conversão de veículos para o funcionamento com gás natural veicular (GNV). Segundo o coordenador técnico da Associação Brasileira do Gás Natural Veicular (ABGNV), Antônio José Teixeira Mendes, a instabilidade do preço do álcool e da gasolina fez com que a maior parte dos consumidores que optam por converter o carro para o GNV já não seja mais composta por taxistas, como acontecia há alguns anos.

Mendes, dono da rede de oficinas Via Verde, uma das maiores especializadas na conversão de carros para o GNV do país, afirmou que somente sua principal loja, localizada em Osasco, na região metropolitana de São Paulo, tem atendido nas últimas semanas uma média de 50 proprietários de veículos por dia. No ano passado, a loja converteu diariamente cerca de 23 automóveis.

O consumidor, entretanto, deve ter um gasto com combustível considerável para optar pelo gás. A conversão dos carros custa hoje cerca de R$ 3 mil. Mesmo os poucos modelos zero quilômetros que saem de fábrica com a opção tricombustível têm embutido esse custo.

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