• Carregando...

A geada registrada na madrugada desta quarta-feira (24) em Maringá afetou principalmente a produção de hortaliças, café e trigo. Os danos, no entanto, levam de dois a três dias para ficarem evidentes. Mas ainda é cedo para calcular os prejuízos, já que a previsão aponta para nova ocorrência de geada na região na madrugada desta quinta-feira (25).

A preocupação do produtor Sérgio Suzuki é cuidar da plantação também durante a tarde, quando o sol cobre toda a área atingida pela geada. Segundo ele, o aquecimento pode murchar as plantas. "Depois da geada tentamos evitar que o sol aqueça a planta. Preciso irrigar toda hora para a planta ficar refrigerada", afirmou. Suzuki tem uma área de três alqueires onde planta alface e almeirão.

Apesar do prejuízo, o produtor comemorou o fato de ter conseguido evitar uma perda maior, porque no início da plantação não cultivou todo terreno que possui. "Essa geada coincidiu com um período que não tinha muito o que plantar, então a perda poderia ter sido bem maior", explicou. "Essa geada foi forte, mas nem se aproximou de outras geadas das décadas passadas", avaliou.

O gerente de produção da Cooperativa Cocamar de Maringá, Leandro Cezar Teixeira, citou que as culturas mais prejudicadas são o café e o trigo. O último, no entanto, não é tão cultivado em Maringá. "O café terá danos, seja de local alto ou baixo. Pode prejudicar a safra deste ano e do ano que vem, já que os ramos podem acabar prejudicados", comentou. As pastagens, segundo ele, também ficaram bastante danificadas pela geada.

Teixeira destacou que é cedo para tirar conclusões sobre o quanto os prejuízos da geada incidirão nos preços dos produtos ao consumidor final. "Isso depende de vários fatores como estoque ou a produção em outros países."

Milho está a salvo

O milho, que rendeu US$ 205 milhões em exportações para Maringá no mês de maio, não foi afetado pela geada. Isso porque o grão já estava em estágio final de maturação, ou seja, mais seco e com menos possibilidades de ser atingido. "Na geada, acontece a ruptura de tecido devido a quantidade de água na planta. O milho seco em um congelador, por exemplo, não terá diferença", explicou o técnico Alain Zola do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).

Zola explicou que a única situação que pode atingir o milho é a perda de qualidade do produto, mas isso ainda não pode ser avaliado. "É difícil quantificar isso agora. É muito cedo. Após dois ou três dias conseguiremos uma situação mais definida."

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]