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Frente aos resultados estimulantes obtidos por experiências como a Central Geotérmica de Soultz-sous-Forêt, a revista britânica The Economist não hesitou em apontar a energia geotérmica, em um relatório publicado em junho, como uma das cinco fontes de energia do futuro. Embora o custo de exploração seja um problema o maior entrave à viabilidade comercial é outro: geólogos e engenheiros ainda não sabem como dominar os terremotos, um de seus potenciais "efeitos colaterais".

Nas experiências realizadas na Alsácia, o risco de micro-sismos revelou-se o maior empecilho técnico. O desafio é encontrar um meio de impedir que as injeções de água em baixa temperatura não causem rachaduras na camada de rochas aquecidas. O choque térmico, apontaram os testes no subsolo, podem provocar reacomodação e abalos sísmicos. A prova disso ocorreu em 2003, quando um terremoto de 2,9 graus na escala Richter foi sentido na região de Soultz-sous-Forêt.

"Há risco de que zonas geológicas estáveis enfrentem mudanças de sismicidade. Ainda não conseguimos responder a essa questão", reconhece Philippe Duma, delegado do Conselho Europeu de Energia Geotérmica. Esse obstáculo é o desafio dos próximos anos. Em Soultz, a solução foi a "estimulação química": injeção de ácido clorídrico, que reage nas rochas dissolvendo os carbonetos. Resta saber qual será o impacto a longo termo da solução. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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