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Definir e utilizar métodos cada vez mais precisos de acompanhamento dos funcionários e dos processos de trabalho é a fórmula que empresas de destaque usaram para elevar o faturamento e alcançar metas. Alguns cases da área de gestão considerados de sucesso foram expostos esta semana no Estação Embratel Convention, durante a 6.ª Feira de Gestão do Centro Universitário Unifae, com 41 estandes demonstrativos e palestras.

O caso mais contundente foi exposto pela América Latina Logística (ALL), que em 2005 alcançou o dobro do faturamento registrado em 1997, ano de privatização da malha no país: R$ 24 milhões. "Muito desse resultado se deve à política de remuneração variável", explica o especialista em projetos da empresa, Sérgio Costa. Segundo ele, o pagamento dos funcionários de nível superior pode atingir prêmios equivalentes a 12 vezes o salário, o que estimula o alcance de metas individuais e coletivas. "As melhores idéias do ano também são premiadas com automóveis", diz.

A elevação das taxas de produção também envolve a gestão dos sistemas de trabalho. Em sua palestra durante o evento, Costa expôs o centro de controle de pátio de trens que a empresa inaugurou em junho na cidade de Ponta Grossa, nos Campos Gerais. "Antes usávamos papel, tesoura e cola, mas agora implantamos um sistema automatizado que levou o tempo de trens parados de 80% para 63%", explica. Este mesmo instrumento, que até agora poupou um investimento de R$ 109 milhões, deve ser levado ao Porto de Paranaguá no ano que vem.

Outro investimento no Paraná foi feito pelos Correios, que escolheram Curitiba para abrir sua segunda unidade de marketing direto do país. "Queremos fomentar o envio de malas diretas empresariais, e para isso oferecemos consultoria na gestão de projetos desse tipo", diz o gestor Devanir Santana. O marketing direto já é a terceira maior fonte de receita dos Correios nacionalmente, devendo trazer para a empresa R$ 700 milhões dos R$ 7 bilhões de faturamento previstos para este ano. Em 2005, a contribuição foi de R$ 450 milhões. Ao apresentar casos como esses a estudantes e profissionais do mercado, o Unifae quer divulgar modelos de gestão diferenciados. "É uma forma de aumentar conhecimentos e fortalecer nossa marca", diz o reitor Gilberto Garcia.

O ex-ministro da Fazenda no governo Sarney, Mailson da Nóbrega, abriu a feira na quarta-feira a noite. "Nunca falei para tanta gente ao mesmo tempo em um único ambiente", disse, referindo-se ao público de 1,5 mil pessoas.

Maílson concentrou sua palestra no clima de desesperança quanto à corrupção que veio à tona no governo Lula e se acentuou nos últimos dias, mas perguntou ao público quem ali poderia dizer que nunca sonegou impostos. Quanto à política econômica, se disse otimista. "Já somos classificados como país de baixo risco", disse.

Na quinta-feira, o palestrante foi o consultor australiano Kenneth O’Donnel, que mora metade do ano no Brasil há 25 anos, e lançou no mesmo dia o livro "Valores humanos no trabalho: da parede para a prática". Ontem a noite foi a vez do consultor Carlos Júlio, dono da empresa HSM, que falou sobre as técnicas dos grandes negociadores.

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