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Gleisi Hoffmann
Presidente nacional do PT retomou ataques ao presidente do BC por conta da taxa básica de juros, mesmo com sinal de mais cortes.| Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Após uma trégua durante os festejos de final de ano, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, retomou os ataques ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, por conta da taxa básica de juros. O discurso é o mesmo desde o início do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de que a Selic segue alta e impede o crescimento da economia brasileira.

A retomada dos ataques ocorre mesmo após o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC ter iniciado um ciclo de redução da taxa desde agosto do ano passado, passando de 13,75% para 11,75% na última reunião de dezembro (veja na íntegra) – há a previsão de que novos cortes devem ocorrer em 2024 e chegar a 9% segundo analistas do mercado financeiro.

No entanto, Gleisi diz que o BC pertence a Campos Neto e é ele quem determina se a taxa básica de juros será reduzida ou não, sem levar em consideração que o governo também detém cadeiras no conselho.

“Ninguém aguenta mais a taxa imposta pelo bolsonarista Campos Neto! É preciso reduzir os juros já”, disse em uma postagem nas redes sociais (veja na íntegra).

De acordo com ela, Campos Neto está “trabalhando a favor dos rentistas” e continua “garantindo aos especuladores lucros astronômicos ao manter uma alta taxa de juros que prejudica o desenvolvimento econômico e social do Brasil”.

Gleisi alega que a manutenção da taxa em 11,75% retira recursos que poderiam “se tornar investimento”, e que “está sendo gasto com juros”. “Totalizando um aumento de 24% entre janeiro e novembro de 2023, número superior à inflação de todo o ano passado”, afirmou sem explicar claramente a comparação.

A expectativa é de que o Copom autorize mais um corte de 0,5 ponto porcentual na próxima reunião, marcada para o final deste mês.

As críticas do PT e de membros do governo a Campos Neto se tornaram uma constante ao longo de todo o ano de 2023, mesmo com o presidente da autoridade monetária sinalizando cortes e elogiando a atuação do ministro Fernando Haddad, da Fazenda, por se comprometer com políticas econômicas.

O ministro se tornou o principal interlocutor entre o governo e Campos Neto, enquanto Lula chegou a chamá-lo diversas vezes de “esse cidadão” que estaria trabalhando contra o país.

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