A Motorola Mobility vai demitir 220 funcionários de sua fábrica em Jaguariúna (a 123 km de São Paulo), cerca de 8% do total de trabalhadores da unidade, a partir desta quinta-feira (16).
A informação é do Sindicato dos Metalúrgicos de Jaguariúna e Região (SindMetal), que se reuniu com a companhia ontem para decidir o futuro dos funcionários da unidade. Procurado às 9h30, o Google do Brasil não se manifestou até a publicação desta reportagem. Assim que a empresa se posicionar sobre o assunto, a matéria será atualizada.
Na segunda-feira, o Google, que comprou a Motorola Mobility em agosto de 2011, anunciou o corte de 4.000 funcionários da empresa em todo o mundo. Dois terços dessas demissões devem ocorrer fora dos Estados Unidos.
Segundo o presidente do sindicato, José Francisco Salvino, as demissões vão ocorrer apenas na área administrativa da fábrica que, no total, emprega cerca de 2.600 funcionários.
Salvino diz que o sindicato conseguiu negociar um pacote de indenização aos trabalhadores demitidos, que irão receber 50% de salário por ano trabalhado. Cada funcionário poderá receber, no máximo, cinco salários.
A proposta inicial da empresa, segundo ele, era pagar 20% do salário por ano trabalho.
A assinatura do acordo entre o sindicato e a Motorola Mobility deve ocorrer na manhã de hoje e as dispensas podem começar ainda hoje, diz Salvino.
A unidade de Jaguariúna é a única fábrica da companhia no Brasil, que também mantém um escritório em São Paulo.
4.000 demissões no mundo
As 4.000 demissões em todo o mundo foram divulgadas na segunda-feira pelo jornal "Financial Times".
Segundo a agência de notícias Associated Press, a reestruturação vai custar ao Google cerca de US$ 275 milhões.
A Motorola Mobility havia registrado prejuízo em 14 dos últimos 16 trimestres, segundo o Google. As mudanças, disse a empresa, seriam para tornar a unidade de negócios lucrativa.
Compra de US$ 12,5 bilhões O Google concluiu a compra da divisão de celulares da Motorola, por US$ 12,5 bilhões, em maio deste ano.
Para efetivar a transação, foi necessário conseguir autorização do governo chinês com a contrapartida de manter o sistema operacional Android disponível para todas as fabricantes de celulares pelos próximos cinco anos.
Com o negócio, o Google adquiriu 17 mil patentes que fortaleceram seu portfólio na luta contra Apple e Samsung pelo domínio do mercado de smartphones.
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