O governo federal tentou negociar o reajuste salarial dos servidores federais em reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente que ocorreu nesta quarta-feira (28), em Brasília. Porém, não houve acordo para atender a nova proposta de reajuste, entre 7% e 10%, apresentada pelos servidores para ser aplicada já em 2024.
Segundo secretário de Relações do Trabalho do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), José Feijó, o governo aguarda uma "arrecadação extra" para conseguir definir o reajuste salarial ainda neste ano, mas a avaliação só deverá ocorrer em abril. A oferta da recomposição de 9%, entre 2025 e 2026, sem aumento em 2024 segue mantida pelo governo.
A contraproposta da categoria foi enviada ao Ministério da Gestão e Inovação no início de fevereiro. Nela, o Fórum Nacional Permanente das Carreiras Típicas do Estado (Fonacate), o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e centrais sindicais pedem reajuste de 10,34% em 2024, 2025 e 2026 para funcionários públicos federais que firmaram, no ano de 2015, acordos por 2016 e 2017.
E para os servidores que fecharam acordos por quatro anos (2019 a 2019), a categoria quer reajuste de 22,71% dividido em três parcelas iguais de 7,06%, em 2024, 2025 e 2026.
Ao receber a contraproposta dos sindicatos, a ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, afirmou que o reajuste dos salários dos funcionários públicos, em 2024, só acontecerá se houver “excesso” de arrecadação do governo.
Ainda neste ano, o governo pretende reajustar pelo menos alguns benefícios como o auxílio-alimentação, que poderá passar de R$658 para R$1 mil. Além dele, os valores do auxílio-saúde e auxílio-creche poderão passar para R$215 e R$484,90, respectivamente.
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