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Voa Brasil
Programa “Voa Brasil”, que prevê passagens aéreas a R$ 200 para grupos específicos, foi prometido para agosto, mas ainda não saiu do papel| Foto: Marcelo Chello/EFE

O programa "Voa Brasil", anunciado em maio pelo governo federal com o alegado objetivo de "democratizar" o transporte aéreo e dar mais dinamismo ao setor, tem sido usado por cibercriminosos para golpes. Segundo nota divulgada na manhã desta quinta-feira (13) pela Secretaria de Comunicação Social (Secom), “sites e links maliciosos estão usando o inédito Voa Brasil para capturar dados pessoais”.

O programa, no entanto, sequer foi lançado. Ao anunciá-lo, o governo afirmou que a iniciativa – que promete passagens aéreas a R$ 200 para grupos específicos – estaria em funcionamento até agosto deste ano. Depois, novo comunicado do Ministério de Portos e Aeroportos informou adiamento para o fim de setembro. Ainda em outubro o programa não saiu do papel.

“A iniciativa, que garantirá o acesso de parte da população brasileira a viagens aéreas com tarifas mais acessíveis, está em ajuste final. Ainda não há regras definidas para participação”, diz a nota.

“Deste modo, alertamos que o Governo Federal e o Ministério dos Portos e Aeroportos (MPor) não estão realizando cadastro e nem solicitando valores para inclusão no programa. Caso receba ligação, correspondência, mensagem de texto no celular ou via redes sociais solicitando depósito em dinheiro para ser incluído no Voa Brasil, sugerimos que denuncie essa prática por meio dos canais de atendimento ao usuário”, prossegue o comunicado.

Como mostrou a Gazeta do Povo, reduzir a passagem a R$ 200 pode gerar impactos negativos. O programa foi bem recebido pelas principais empresas do setor, que formaram um grupo de trabalho para debater a proposta. Apesar disso, ou por isso mesmo, a iniciativa embute riscos. Os principais, segundo especialistas, são o aumento de preços para os demais passageiros, para bancar o barateamento de parte das passagens; o desestímulo à concorrência e à eficiência; e a criação de uma relação vista como "perigosamente próxima" entre o governo e as grandes companhias. Saiba mais aqui.

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