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Brasília - O governo ainda avalia a possibilidade de taxar os investimentos estrangeiros em títulos públicos para segurar a cotação do dólar, segundo o secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Welber Barral. Na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, levantaram essa possibilidade, mas afirmaram que a ainda não era o momento de fazê-lo. Nesse caso, seria utilizado o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Ontem, o secretário afirmou que essa questão ainda está em discussão.

"O Brasil não vai deixar de ter câmbio flutuante nem adotar nenhuma medida irresponsável. Mas há uma discussão sobre isso, que envolve saber se é hora ou se já passou da hora", afirmou Barral. "São discussões de estímulos às exportações ou algum tributo regulatório, como é o caso do IOF."

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Barral disse também que a melhor maneira de evitar que o dólar continue caindo seria uma redução maior da taxa básica de juros. "A posição desse ministério é que a forma mais eficiente e menos danosa para ter um dólar mais equilibrado é a redução da taxas de juros."

Crise piora cenário

O secretário afirmou que um dólar próximo de R$ 1,60 neste ano, em que a crise econômica já reduziu o comércio do Brasil com outros países em cerca de 25%, seria mais danoso para a balança comercial do que no ano passado. "No ano passado, o dólar a R$ 1,60 afetava alguns setores, mas havia um aumento de demanda em todo o mundo. Agora, não houve essa recuperação nos principais mercados." Ele disse que, além de reduzir a competitividade das exportações brasileiras no médio prazo, principalmente dos setores que mais empregam, há preocupação em relação à volatilidade no câmbio.

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