O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, deixou claro que o governo vai tomar medidas amargas para conseguir garantir o cumprimento da meta fiscal de 2017.
Questionado sobre essa possibilidade após a votação definitiva do impeachment da presidente Dilma Rousseff, Padilha respondeu claramente: “Terão que vir medidas que não são as mais agradáveis e tantas outras virão”, afirmou ele.
Ele informou que as primeiras medidas desse tipo já foram tomadas nesta quinta-feira (7) nas despesas dos benefícios sociais.
Padilha insistiu que o governo já está apontando uma reversão do déficit das contas públicas. Ele lembrou que o déficit sairá de R$ 170,5 bilhões para R$ 139 bilhões. Ele comparou a situação do déficit a uma jamanta carregada que corre a 140 km por hora e que faz uma parada. Segundo ele, uma freada brusca poderia fazer com que carga passasse por cima do veículo.
Padilha avaliou que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, conseguiu a proeza de estancar a reversão do déficit. “Temos que primeiro fazer o dever de casa”, disse. Ele disse que o governo vai buscar mais receitas. Segundo ele, o governo Michel Temer está fazendo “ginástica por todos os lados. “Temos hoje 55 dias de governo”, afirmou.
Padilha disse que o Estado brasileiro está pesado e o governo tem que torná-lo mais leve. Segundo Padilha, o governo em agosto terá uma noção mais clara das receitas. “O Brasil é um mar de oportunidades. Temos que mostrar ao mundo”, ressaltou. O ministro disse que as medidas serão menos amargas quando maior será a capacidade de crescimento.
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